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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'O Bombardeio', da Netflix, é filme sem foco sobre erro histórico da Guerra

Atualizado: 22 de abr. de 2022


Foi em 1945, no auge da Segunda Guerra Mundial, que a força aérea britânica cometeu um dos maiores erros da História. Na ânsia de atacar a sede dinamarquesa da Gestapo, na capital Copenhague, pilotos erraram o direcionamento e bombardearam uma escola lotada de crianças. Mataram centenas de crianças enquanto os alemães nazistas conseguiram sair praticamente incólumes do local.


Essa é a história do filme O Bombardeio, longa-metragem dinamarquês que chegou nesta quarta-feira, 9, ao catálogo da Netflix. Dirigido e roteirizado por Ole Bornedal (Nightwatch), o filme fala mais sobre o cenário daquele momento do que exatamente sobre os indivíduos em si -- como fez, brilhantemente, Erik Poppe no chocante Utøya 22 de Julho: Terrorismo na Noruega.


Assim, acompanhamos um mosaico de histórias. Tem a freira rebelde e instável que trabalha na tal escola; as crianças que ali estudam; os nazistas da região; e, é claro, os pilotos envolvidos.


Por um lado, é interessante ter essa pluralidade de vozes envolvidas em um fato histórico. Percebe-se como esse erro nasceu, se formou e, principalmente, como afetou diferentes vidas e histórias. No entanto, O Bombardeio também se torna um tanto quanto disperso. O quanto a história daquela jovem freira rebelde realmente contribuiu para o cenário completo desse erro relatado?


Uma abordagem como a de Poppe, em Utøya 22 de Julho: Terrorismo na Noruega, talvez fosse muito mais interessante, potente e chocante. Afinal, ainda que fale sobre o erro em si, isso acaba relegado a apenas 30 minutos do longa-metragem. O resto são apenas histórias, direta ou indiretamente ligadas com o erro, que nem sempre acrescentam algo de relevante na trama.


Há boa direção de arte, bons cenários e atuações. Mas fica aquele gosto frustrante no final de que o fato, o erro, não foi tão importante na construção geral de O Bombardeio. Sem falar de um gosto amargo, e praticamente nada citado, sobre o erro do Reino Unido nessa história. O filme acaba praticamente sem culpabilização -- não dos pilotos, mas da forma que tudo foi conduzido.

 

28 comentários

28 comentários


Arlindo S NUNES
Arlindo S NUNES
27 de mar. de 2023

A história é sobre como a guerra interfere na vida das pessoas, desde o menino que viu uma atrocidade, no começo do filme, como a freire que tem dúvidas da existência de Deus, pelo que estava acontecendo com o judeus até o final, dramático, com tantas vidas perdidas por um "erro"? Existe desculpe para a guerra ? O pior de tudo é que o ser humano não evolui, 77 anos depois e vemos bombardeios novamente, com tantas vidas destruídas por NADA !!! E ainda tem a ameaça nuclear, que foi cultivadas e executada "brilhantemente " pelos norte americanos......

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Clarice Oliveira
Clarice Oliveira
13 de ago. de 2022

Confesso que me frustrei um pouco quando terminou, queria mais tempo de filme.


Deveriam ter contratado os criadores de Breaking Bad, os caras sao feras em transmitir mensagens sem fala.


Eu que não conhecia a história desse bombardeio, fiquei perdida. Só consegui compreender após pesquisar no Google.


Tinha tudo pra ser um filme completo.

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Eduardo Lourenco
Eduardo Lourenco
08 de mai. de 2022

Entendi sua crítica e concordo. Acabei de ver o filme, e a RAF foi bem “acobertada“ e não enfatizada na medida que merecia. lendo as criticas, a sua critica, percebo que muita gente não sabe ler com empatia… bem coisa de nós Brasileiros. Abraço!

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Jhon de Moura
Jhon de Moura
23 de abr. de 2022

"tal escola", no terceiro parágrafo, foi só onde tudo o ocorreu. Não sei, e sinceramente não me importo, mas se você amanheceu com os ovos virados no dia em que fez esse comentário, existem analistas que podem te ajudar; estudar cinema tbm.

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Matheus Mans
Matheus Mans
23 de abr. de 2022
Respondendo a

Jhon, não sei, e sinceramente não me importo, mas se você amanheceu com os ovos virados no dia em que fez esse comentário, existem analistas que podem te ajudar; estudar cinema também. Abraços.

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Marcella Michelon Barros
Marcella Michelon Barros
22 de mar. de 2022

Concordo em partes...pois a criança que ao meu ver era a "principal" do filme, não tem final tão interessante...Esperava mais por ele.Achei disperso mesmo

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