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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Uma Linda Vida', da Netflix, é filme dinamarquês tremendamente esquecível


A história de Uma Linda Vida, novidade da Netflix desta quinta-feira, 1, não poderia ser mais banal. Com ecos de Nasce uma Estrela, Mesmo Se Nada Der Certo e Apenas Uma Vez, o longa-metragem conta a história de Elliott (Christopher), um pescador de uma pequena cidade dinamarquesa que é descoberto como uma revelação musical após ser a apresentação em um bar. A partir dai, passa a ter uma relação estranha com a fama e apaixonada por sua produtora.


Dirigido por Mehdi Avaz (de Toscana), o filme é absolutamente genérico em sua concepção. Como já assinalado no parágrafo anterior, dá para fazer paralelo com uma infinidade de filmes que tratam do mesmo tema. Isso por um motivo: as pessoas se interessam, se emocionam e sonham com histórias de superação e, principalmente, de pessoas que começam a ganhar dinheiro e a fazer fama de maneira honesta, de uma hora para a outra, apenas com o talento.

E isso pode surgir, basicamente, a partir de três contextos: atores de Hollywood, esportistas e músicos. No primeiro caso, parece que o cinema não tem muito interesse em falar sobre isso -- a não ser em tom de comédia. Esporte também tem seu filão, mas não é tão forte. Sobra, então, essas histórias de personagens musicais. É o mais fácil de colocar nas telas, já que basta um ator que cante bem e algumas composições encaixadas que tudo pode ser visto como funcional.


Avaz, assim como o roteirista Stefan Jaworski (Elfos), sabem disso e tratam a história com uma banalidade desconcertante. Nada é realmente original aqui e tudo parece sugado de filmes que já vimos. A única coisa que parece se destacar um pouco são as músicas da produção, bem interpretadas por Christopher -- que é um cantor dinamarquês de sucesso. Em contrapartida, o ator não sei sai tão bem na hora de atuar. É melhor, de fato, quando está apenas cantando.


No final, Uma Linda Vida perde totalmente qualquer originalidade quando abraça um otimismo descabido e fora da realidade. Não ousa em criar, pelo menos, uma conclusão mais corajosa de colocar esses personagens em um lugar de desconforto e instigando o público. É, de fato, um filme que fica na banalidade, na mesmice, e parece nunca encontrar um ponto de apoio para se tornar memorável por mais de dois dias. É um filme que, amanhã, ninguém mais vai lembrar.

 

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