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  • Foto do escritorMatheus Mans

Mônica Iozzi mostra, em novo programa, que é preciso falar sobre política


Dizem que futebol, política e religião não se discute. Afinal, são assuntos polêmicos e, na certa, vão causar certa celeuma. No entanto, será que devemos mesmo nos valer dessa censura gratuita? Oras, não falar de política é não falar sobre vida, sobre nossa existência, nosso cotidiano. É vedar a verdade. E é justamente contra isso que caminho Fale Mais Sobre Isso, Iozzi.


Novo programa do Canal Brasil, que estreia nesta segunda-feira, 14, o programa é um bate-papo leve, divertido e didático (na medida certa) sobre política. Na apresentação, a sempre versátil Mônica Iozzi. Cria do CQC, onde ganhou um concurso pra ser nova repórter, Iozzi depois mostrou personalidade: foi pra Globo e fez sucesso como apresentadora, mas saiu pra projetos autorais.


Um deles é Fale Mais Sobre Isso, Iozzi. "O Canal Brasil disse que gostava de mim, me acha a cara do canal e perguntaram se eu queria fazer algo lá e o que eu queria fazer", diz ela, em coletiva. "Sempre tive vontade de fazer um programa sobre política, pois sempre senti que há um desinteresse muito grande por política. Isso acontecia por dois motivos: ou as pessoas eram totalmente descrentes com relação à política ou por desconhecimento, por não entender o que o vereador vai fazer por você, por exemplo. Quis juntar as duas coisas. Falar de um jeito para as pessoas entenderem sobre as engrenagens básicas e também falar sobre o futuro da política".


No primeiro episódio, já conferido pelo Esquina, isso funciona de maneira acertada. Leandro Karnal, Fábio Porchat e Majur apresentam uma dinâmica interessante ao falar sobre a base do que vai carregar Fale Mais Sobre Isso, Iozzi em seus 13 episódios totais: o que é, essencialmente, política? Tudo, como proposto pela apresentadora, com uma leveza que ajuda a fazer com que a mensagem chegue em mais públicos, evitando termos espinhosos demais.


"Enxergo o programa como uma roda de conversa", conta Iozzi, na coletiva, questionada sobre como define o formato do programa. "São opiniões divergentes, ou que concordam, mas que trazem visões diferentes. A ideia do programa é atrair as pessoas para o tema da política. Explicar como funciona e melhorar o debate para as eleições. Pode parecer pretensioso, mas queria fazer com que as pessoas se aproximem da política. Temos que ter olhar de esperança".


Humor na política


Humor e política, curiosamente, são áreas que conversam muito bem. Nos jornais, os cartuns são um dos pontos altos da leitura. Na TV, isso já esteve desde Casseta & Planeta, que brincava com os políticos brasileiros, indo até o próprio CQC. Há alguns erros no caminho (como o fato, absoluto e inconteste, de que o programa da Band pariu Bolsonaro), mas no geral é positivo.


Iozzi vê o saldo também como positivo, celebrando essa forma de tratar a política. "Eu acho que o humor está ligado à política desde sempre", afirma a apresentadora. "O humor é uma ferramenta muito interessante para a gente colocar uma lente de aumento no que tá acontecendo. Quando convidamos as pessoas para verem um tema rindo, fica muito mais fácil. O humor tem uma capacidade maravilhosa de fazer as pessoas prestarem atenção em um tema".

 

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