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'O debate que o filme traz está mais importante', diz diretora de 'Amanhã Chegou'

Foto do escritor: Matheus MansMatheus Mans

A relação entre consumo e sustentabilidade é dividida por uma linha muito tênue. Afinal, muitas vezes, o consumo desenfreado acaba invadindo o equilíbrio ambiental e prejudicando a delicada simbiose entre pessoas e meio-ambiente. É para isso que o filme Amanhã Chegou, de Renata Simões, tenta alertar, conscientizar e problematizar.

Integrante do "Projeta às 7", projeto da Cinemark para filmes nacionais, o longa-metragem é uma luz no fim do túnel para muitos que se veem desacreditados. Há uma gama variada de projetos em todo o Brasil que tentam equilibrar a relação entre consumo e sustentabilidade, sem deixar que tudo se perca. "Nossa preocupação foi em promover um debate amplo sobre todos os aspectos relativos ao que é chamado de consumo consciente", disse a diretora em entrevista exclusiva ao Esquina.

Abaixo, confira a conversa completa com Renata Simões, jornalista e cineasta. E aqui, a crítica de Amanhã Chegou.

Esquina da Cultura: Queria que você contasse um pouco mais de como surgiu a ideia de fazer o filme. Qual foi o start para filmar um documentário sobre consumo e sustentabilidade?

Renata Simões: O projeto de falar da ligação cidade-floresta e uso de recursos veio da Canal Azul, co-produtora do filme, quando pensei em qual seria a narrativa que costuraria essa ideia, rapidamente veio consumo. Consumo é algo cotidiano e que não nos damos consciência do seu reflexo: seja a ação direta em nossas vidas, seja na cadeia que o cerca. Sustentabilidade é um modo de pensar o mundo que acompanho e considero pertinente no momento atual, quando estamos nos defrontando com os primeiros efeitos do aquecimento global, do excesso de uso de plástico, dos agrotóxicos que são colocados em nossos alimentos e do uso dos recursos naturais. Esquina: Senti que o filme consegue ultrapassar a barreira dos problemas ambientais e, de fato, trazer um tom otimista e propôr soluções. Essa foi uma preocupação de vocês durante a gravação?

Renata: Essa percepção é de quem assiste, tem quem diga que o filme é pessimista. Nossa preocupação foi em promover um debate amplo sobre todos os aspectos relativos ao que é chamado de consumo consciente.

Esquina: O filme foi gravado num momento em que já enfrentávamos problemas complexos na questão de sustentabilidade e, agora, podemos ter até o fim do Ministério do Meio-Ambiente. Qual a importância do filme neste momento, então? Você acha que as iniciativas que são apresentadas em 'Amanhã Chegou' vão ganhar mais importância na sociedade?

Renata: Nesse momento o debate que o filme traz fica maior e mais importante, precisa ser amplificado a ponto de refletir nas escolhas de governantes. Se sabemos que a expansão da fronteira agrícola é um dos maiores causadores de efeito estufa, esse é o futuro que queremos? Ainda dá tempo de refletir. Sobre as iniciativas apresentadas, cada uma já ganha a sua projeção a medida que o público fica mais interessado no assunto e começa a refletir sobre suas escolhas, seu poder de influenciar os caminhos de empresas e governos. Esquina: E como você mapeou os projetos destacados? E como escolher o que ir pro filme, nesse quesito?

Renata: Nossa, essa foi uma escolha difícil, havia um número de projetos relevantes que não foi filmado. Focamos em ações de sociedade civil que estivessem tendo resultados satisfatórios e de mudança, e ações de empresas que representassem paradigmas já existentes de sustentabilidade Esquina: Quais seus próximos planos no cinema?

Renata: Ainda estou vivendo essa primeira experiência, curtindo a hora do filme na Tela. Já tenho pesquisas que quero desenvolver em novos longas, começando a pensar em roteiros para filmá-los em breve.

 

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