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  • Domenico Minervino

'O Dia do Atentado' prende espectador na cadeira do cinema


No próximo dia 11, estreia o filme O Dia do Atentado. Nele, acompanhamos o ataque terrorista à Maratona de Boston em abril de 2013 e a busca incansável pelos culpados de tal ato. No Brasil, o lançamento está com um atraso enorme de cinco meses. Afinal, nos EUA, o longa entrou em cartaz em dezembro de 2016 na esperança de conquistar algumas indicações ao Oscar -- o que não ocorreu.

Com um elenco competente e cheios de estrelas como Mark Wahlberg, Kevin Bacon, J.K Simmons e John Goodman, a obra é interessante e consegue retratar muito bem os atos praticados pelos irmãos chechenos Dzhokhar Tsarevna e Tamerlan Tsarnaev, assim como o socorro prestado às vítimas, a união do povo e a caçada dos terroristas.

O ritmo como a história é contada é impressionante. O longa começa com toda tranqüilidade e a banalidade que seria comum para aquele dia. Mais uma maratona, nada de muito importante aos olhos do mundo. Mas a partir do momento das explosões, o diretor e o editor tomam um caminho acertado. Com cortes rápidos de uma cena para outra, o espectador é jogado no meio de toda a confusão. De repente ele vê uma perna dilacerada. Depois um ferido no chão. Fumaça, barulho, sangue, gritos. O desespero dos socorristas, dos corredores, do público. Quem assiste ao filme vê e não vê.

Além disso, o modo como a história é contada é perfeita. A obra lida com a questão do amor e da solidariedade. E claro, tem ação. Mas o amor e a solidariedade são o pano de fundo.

O diretor Peter Berg, do fraquíssimo Hancock, de Battleship e do indicado ao Oscar desse ano na categoria de melhor edição de som Horizonte Profundo, consegue destrinchar bem a situação e levar ao público em duas horas o supra-sumo do que ocorreu na Boylston Street.

É mais uma daquelas películas para alertar o mundo que os americanos não esquecem, não deixam de lado sua história. Ao mesmo tempo, é um aviso de que, mesmo sofrendo, eles não perdoam os seus agressores.

Vale a pena conferir.

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