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  • Domenico Minervino

Anime da Netflix, 'Blame!' mostra luta de humanos e máquinas


Há milênios, a raça humana é soberana e nada lhe faz frente, já que o tempo passou e os homens criaram formas de se tornar o dominador. Afinal, a sensação de estar perdendo o controle, é claro, não é boa: certa vez, por exemplo, o cineasta Orson Welles disse, em um programa de rádio, que o mundo estava sendo invadido por alienígenas. As pessoas ase desesperaram, tendo até casos de suicídio. E no cinema, a perda de controle é frequentemente usada, seja com vampiros, zumbis ou lobisomens -- e pelos próprios alienígenas.

De umas décadas para cá, com o avanço tecnológico, este tipo de tema, porém, acabou ganhando um outro antagonista que toma controle da Terra: as máquinas, os robôs e a inteligência artificial.

Diversas obras, inclusive na literatura, mostram a superação dos humanos. Asimov fez isso com Eu, robô e, recentemente, o filme Ex_Machina nos deixou temerosos.

Agora, no mês de maio, a Netflix colocou no ar o anime Blame!, baseado em um aclamado mangá japonês chamado Buramu!, escrito e ilustrado por Nihei Tsutomu. A história se encaixa no que foi dito anteriormente, é o novo status quo. De forma descontrolada, máquinas passam a dominar o planeta e caçar as pessoas.

Oprimidos, os que sobreviveram aos ataques ciborgues, tentam viver em vilas criadas em espaços falhos do sistema de vigilância. Mas quase sempre, eles devem se arriscar em busca de comida. O embate é inevitável.

Como toda história precisa do herói, Killy é o ser em questão. Ele surge em busca dos marcadores genéticos capazes de frear o crescimento desenfreado dos sistemas e, consequentemente, salvar a humanidade. Para isso, ainda conta com a ajuda de Zuru e Cibo.

A tradução da palavra "blame" seria mais ou menos algo como ‘responsável por alguma coisa que deu errado’. Ela, portanto, pode servir a Killy ou a própria rede tecnológica.

Com direção de Hiroyuki Seshita e supervisão do próprio criador Tsutomu, a obra é esteticamente magnífica. Com gráficos e cores exuberantes e trilha sonora impecável, não deixa nada a desejar se comparada a outras criações do gênero. O ponto fraco está na história, que em 1h46min acaba se tornando cansativa. Mesmo assim, a avaliação do Esquina é positiva e você deve ver se tiver a oportunidade.

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