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  • Domenico Minervino

Baú dos games: relembre Space Invaders, clássico do Arcade


Plataforma: Arcade Produtor: Taito/Bally Midway Outras Plataformas: Atari 2600, Super Nintendo, PSP, Xbox, Playstation 1, Playstation 2, Nintendo DS, PC

Similares: Alien Invaders Plus! (Odyssey²), Space Armada (Intellivision), Pepsi Invaders (Atari 2600) Rainbow Invaders (Atari 2600)

Número de jogadores: 1

O que um jogo de videogame pode fazer com o mundo? Que efeito devastador ele consegue gerar? Ao falar de Space Invaders, a resposta para essas questões é vaga, pois ele ainda está em voga, trinta anos depois do seu lançamento. É de se abismar com o que provocou durante esse período.

Não há segredos em se aventurar nesse game. Talvez a simplicidade na criação e nos objetivos gerais propostos tenha feito dele o clássico que arrebatou milhões de pessoas e que continua encantando tantas outras novas gerações.

Cinco linhas horizontais e onze verticais, de inimigos, estão dispostas na tela. Três barricadas dão proteção à nave equipada com um canhão a laser. Só que essas barreiras vão se esfacelando com o ataque adversário. Se a linha ofensiva chegar ao fundo é fim de partida. No topo, em certos momentos, aparece uma espaçonave vermelha que, ao ser atingida, valem bônus, gerando de cinquenta a trezentos pontos.

Cada alienígena, por sua vez, rende de dez a quarenta. Conforme vão sendo abatidos, a velocidade de locomoção aumenta, assim como a música tema, composta por quatro notas, toma outros tons. Foi a primeira vez que uma melodia era tocada o tempo todo.

Idealizado por Tomohiro Nishikado, o título foi comercializado inicialmente no Japão pela Taito. Depois a Bally Midway ficou responsável pelo mercado norte-americano. Ao projetá-lo, Nishikado se inspirou em Space Monsters, também da mesma companhia, lançado seis anos antes. Além disso, ele queria algo parecido com Breakout, mas sem o rebote de uma bola e sim com tiros que destruíssem alvos. A princípio, as fileiras de objetos seriam compostas de navios, tanques e aviões. Isso não deu muito certo, pois o movimento das aeronaves não foi satisfatório. Cogitou-se até utilizar humanos nessas linhas, mas ele achou muito impactante e imoral.

O que fazer então? A solução para esse impasse estava em um artigo sobre o filme Star Wars, de George Lucas, que ele havia lido por acaso. Por que não, então, juntar a isso a lembrança de outra película vista quando criança, A guerra dos mundos, dirigida por Byron Haskin, baseada na obra de H.G. Wells, de mesmo nome? Foi o que ele fez. Imersão providencial na ficção científica.

Isso deu tão certo que Space Invaders, ao ser lançado, causou uma escassez de moedas de 100 ienes no Japão (ela era utilizada para dar início ao arcade). Todos queriam jogá-lo. E em pouco tempo ele estava presente em bares, restaurantes, lojas de departamento, galerias. Uma verdadeira febre, que fez aumentar em muito o faturamento da indústria.

A partir daí o foco dos produtores mudou. Os games inocentes ou com temática esportiva, como Pong, foram repensados. Havia chegado a vez das aventuras intergalácticas, tiros e naves, muitas naves. Agora com o objetivo de alcançar altas pontuações e gravá-la junto ao nome do jogador eternamente (foi o primeiro a trazer essa possibilidade) ou até um próximo bater o recorde estipulado.

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