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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Casamento às Cegas: Brasil', da Netflix, segue os passos do original


Chega ao catálogo da Netflix nesta quarta-feira, 6, os primeiros episódios de Casamento às Cegas: Brasil, a versão tupiniquim do reality show que fez sucesso, com sua edição americana, no começo de 2020. E, felizmente, a adaptação funcionou. Pelo que pode ser visto nos primeiros quatro episódios, há exatamente o que se espera: bons casais, tensão, emoção e diversão.


Com uma duração média de 50 minutos cada episódio, podendo chegar até uma hora, Casamento às Cegas: Brasil começa da mesma forma que a versão original: mostrando os 15 homens e as 15 mulheres em busca de um parceiro ou parceira para chamar de seu. Para isso, o programa logo divide essas pessoas em cabines para que conversem -- e apenas conversem.


Não há grandes mudanças na estrutura, tampouco tentativas de abrasileirar demais o produto. Os participantes continuam com as mesmas dinâmicas e os apresentadores Camila Queiroz e Klebber Toledo, ao contrário do que se vê na maioria dos reality shows de namoro no Brasil, não interferem no andamento. Fazem apenas pequenas participações, sem entrar na dinâmica.


Isso garante mais naturalidade ao reality show, ainda que certamente a produção esteja mexendo os peões nos bastidores para a coisa avançar ou retroceder. O destaque fica para a boa seleção de participantes. Ainda que não haja um triângulo amoroso são impactante quanto o visto na edição americana, há participantes com as mais variadas cargas emocionas no reality.


Destaque principalmente para os participantes Ana Prado, Fernanda Terra, Rodrigo Vaisemberg e, principalmente, Dayanne Feitoza que, cada um a sua maneira, protagonizam os melhores momentos do reality show. Difícil, aliás, não se apegar com um dos casais formados logo de cara, que não tem medo de passar pelos perrengues e desafios de uma situação como essa.


Enfim, só persiste uma crítica que já existia na versão americana: cadê a diversidade de corpos e de sexualidades, tão prezada pela Netflix em The Circle? São apenas mulheres magras e altas e homens musculosos -- todos, claro, alegando ser bem sucedidos. Falta trazer mais pessoas, colorir o programa e mostrar a diversidade do mundo. Desse jeito, parece encontro de modelos.

 

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