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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: ‘Espírito de Família’ é comédia francesa desconjuntada


O cinema francês moderno é responsável por algumas das melhores e mais inventivas comédias dos últimos anos. Afinal, os diretores sabem misturar o riso, uma boa mensagem por trás e ainda sacadas cinematográfica de qualidade. No entanto, que pena, Espírito de Família não é nada disso. Desconjuntado, este filme de Éric Besnard é uma bagunça.


Mas vamos por partes. O longa-metragem conta a história de Alexandre (Guillaume de Tonquédec), que acaba de perder seu pai. No entanto, como em ‘Os Fantasmas se Divertem’, ele continua vendo e conversando com o pai. E como só Alexandre tem essa estranha e sobrenatural habilidade, todos outros parentes começam a se preocupar.


A partir daí, o espectador começa a acompanhar uma típica reunião de família cheia de altos e baixos. Enquanto isso, o protagonista precisa aprender a lidar com o fato de que seu pai não está mais ao seu lado e, dessa forma, seguir em frente. É a típica história de luto, de alguém que não consegue aceitar de forma alguma a partida de um ente querido.


O grande problema aqui não está nesse ponto, tampouco nas atuações. Nem mesmo a ideia. É a execução de Besnard que é terrível. Ele tenta misturar esse drama familiar e de perda com piadinhas típicas de reuniões familiares. E não funciona. Vira uma comédia fora de tom, sem qualquer preocupação com o que os personagens estão passando de fato.


Não há, assim, meios de criar conexão com os espectadores. De um lado, há o drama palpável do luto. Do outro, essas piadinhas que não causam nem um esboço de sorriso. É uma bagunça. Mas, pelo menos, os cenários bucólicos da frança trazem alguma recompensa, enquanto os atores se esforçam. Mas não dá. É um filme realmente ruim.

 
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