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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Os Mais Procurados do Mundo', da Netflix, é série instável, mas interessante


Nos últimos anos, a Netflix tem se especializado em contar histórias reais sobre crimes e criminosos. São dezenas de produções, sejam elas específicas sobre algum criminoso (Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy), crimes bárbaros ou bizarros (Don't Fuck With Cats) e, é claro, sobre crimes não resolvidos. É o caso de Os Mais Procurados do Mundo.


Lançada na última quarta-feira, 6, a série de cinco episódios conta a história de cinco criminosos altamente perigosos que continuam escapando das garras da polícia. É um dos principais chefes do cartel mexicano, uma terrorista, um genocida africano, um mafioso russo e um mafioso italiano. História distintas, mas que se assemelham por conta do poder dessas cinco figuras.


Com um diretor diferente para cada episódio, é praticamente impossível não sentir a diferença de tratamento e condução. O episódio do genocida africano é o mais ágil e bem montado (apesar do final que escapa um pouco da proposta da produção), enquanto o da terrorista é o que melhor constrói o clima de tensão. Os outros três, enquanto isso, acabam caindo numa mesmice.

O fato, assim, é que Os Mais Procurados do Mundo acaba se tornando uma série, acima de tudo, instável. Com diferentes diretores e história muito distintas, acaba sendo uma produção com muitos altos e baixos. Há momentos interessantes, sim, mas também muita confusão narrativa, momentos mal explicados, passagens obscuras, exagero na quantidade de entrevistas...


Senti falta, por exemplo, de linhas narrativas mais claras como foi visto no excelente Don't Fuck With Cats, por exemplo. Ajuda o público a acompanhar com mais clareza todos desdobramentos.


De resto, vale dizer que há uma produção caprichada, boas imagens, entrevistas importantes na tela. Sem dúvidas, foi gasto tempo e dinheiro na produção de Os Mais Procurados do Mundo. Pena que não empolgue como outras produções do tipo. O recente Mistérios sem Solução, por exemplo, tem uma narrativa e uma linearidade muito mais saborosa. Uma pena. Podia mais.

 
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