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  • Foto do escritorMatheus Mans

Três motivos pra assistir série sobre Madeleine McCann, na Netflix


1. A série faz um panorama raro e cronológico sobre o caso

Foi numa noite de 2007, numa zona turística de Portugal, que a britânica Madeleine McCann, de três anos, sumiu sem deixar rastros. Logo começou o caos: a imprensa do mundo inteiro foi para o país europeu, a polícia portuguesa começou a se enrolar e ninguém conseguia entender o que tinha acontecido. Até hoje, pessoas não entendem totalmente o que se passou no apartamento 5A de um resort da Praia da Luz -- alguns acreditam em sequestro, outros em tráfico humano, outros na culpa dos pais. A série da Netflix, produzida em parceria com a Paramount Television, coloca ordem nesse caos. Os vários acontecimentos são apresentados aos poucos, de maneira cronológica, como quase não se viu durante a cobertura midiática desse estranho caso. É a oportunidade rara de entender melhor o encadeamento de acontecimentos dessa noite de 2007.

2. Há pluralidade de visões, opiniões e fatos

Madeleine McCann sumiu há 12 anos e até agora não se sabe o que aconteceu com a garotinha. Como já dito, há diversas possibilidade e especulações. Todas elas são corretamente retratadas na produção, intitulada O Desaparecimento de Madeleine McCann. Há entrevistas com os policiais portugueses, extremamente criticados durante a investigação e que parecem acreditar na culpa dos pais; amigos dos familiares, que se voltam para a possibilidade de sequestro; além de algumas boas e inusitadas linhas de investigação. Tudo é bem retratado e sempre há opiniões contrárias, permitindo que o próprio espectador consiga encontrar a linha de pensamento que mais faz sentido para si. Tudo muito bem editado e conduzido por uma direção elegante, discreta, imparcial.

3. Qualidade nas recriações

Ainda que a série tenha uma quantidade impressionante de imagens de arquivo e de entrevistas -- que passam das 100 horas gravadas --, O Desaparecimento de Madeleine McCann precisa do auxílio de criações visuais para mostrar detalhes da noite do sequestro, recriar a ação de pessoas e outras passagens do caso que não foram gravadas. E fazem isso muito bem. Há repetidas cenas de recriações geográficas sobre o resort, assim como a encenação de algumas cenas que são bem gravadas e fotografadas. Ajuda, de certa maneira, a entrar dentro da história que a série conta.

Mas, porém, todavia, entretanto...

Como muitas produções originais da Netflix, O Desaparecimento de Madeleine McCann tem um excesso de duração -- oito episódios, com uma média de 55 minutos cada. É muita coisa. Poderia, facilmente, ser reduzida para seis episódios com o mesmo tempo de duração. Várias vezes, durante a série, fica o sentimento de cansaço com o que está sendo assistido. Já passou do tempo da Netflix balizar melhor o tempo de suas produções. Quer deixar o usuário online mais tempo? Faça produtos melhores. Não estenda-os além do necessário, fazendo com que boas produções, como esta, tenham prejuízo.

 

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