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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'As primeiras férias não se esquece jamais' é comédia divertida


Depois de dar match no Tinder, o casal Marion (Camille Chamoux) e Ben (Jonathan Cohen) decide viajar junto. Acham que um passeio pela Bulgária pode estreitar o relacionamento novíssimo e fazer com que compreendam até que ponto podem chegar com aquele namoro -- que ainda nem é oficial, pra falar a verdade. Inicia-se aí uma jornada repleta de altos, baixos e desespero.


Esta é a trama de As Primeiras Férias Não se Esquece Jamais, comédia francesa que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 12. Apesar do título em português exageradamente longo, sem necessidade, é um típico filme do gênero produzido no país europeus. Está mais pra comédia de costumes, diálogos e tiradas de roteiro do que algo voltado para a fisicalidade.


E funciona. A situação em si é absurda, mas verdadeira. Com a liquidez das relações hoje em dia, a trama de As Primeiras Férias -- que será chamado assim a partir de agora, pra ganharmos espaço -- causa divertimento por ser algo que poderia acontecer comigo, com você, com qualquer um. É um filme de identificação e de riso fácil, até certo momento da trama.

Camille Chamoux (Baseado em Fatos Reais) está bem como uma mulher que gosta de viver a vida, sem amarras. Mas quem rouba a cena é Jonathan Cohen (Crazy Trips: Budapeste) como um empresário típico -- que poderia ser encontrado, inclusive, na Faria Lima, em São Paulo. O seu tipo é muito verdadeiro, muito real, muito palpável. E, ainda assim, muito engraçado.


O auge do filme é, principalmente, quando estão na casa de uma idosa típica da Bulgária. As situações vividas pelo casal são hilárias -- a cena de Ben saindo de casa para ir ao banheiro é excelente -- e fazem com que o espectador entre no filme. Na sessão de imprensa, durante essa "fase" do filme, o riso corria solto. Uma cena em específico causou comoção de riso na sala.


Infelizmente, porém, as coisas esfriam levemente depois. A trama acaba se repetindo e as situações não mudam. Além disso, o diretor estreante Patrick Cassir erra a mão no tom de algumas situações. Há uma cena quase explícita de sexo a três, do nada. E algumas atitudes do personagem de Cohen passam da conta. Seu personagem se torna, subitamente, abusivo.


Mas As Primeiras Férias, ainda assim, é uma típica comédia francesa que faz rir, ajuda a passar o tempo e distrai. Não muda sua vida, nem reinventa a roda -- Família do Bagulho, por exemplo, até tem algumas situações parecidas. Só que acredito que ninguém vai ao cinema ver esse filme procurando algo assim. As pessoas querem se divertir. E, sem dúvidas, conseguirão aqui.

 
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