
Confesso que está gostando, e muito, de Prisioneiro do Caos, longa-metragem que chegou ao catálogo da Netflix nesta quinta-feira, 3 de outubro. Afinal, tudo na primeira meia hora funciona maravilhosamente bem: Conny (Filip Berg) é o funcionário de uma loja de eletrônicos que, do nada, se vê envolvimento no assassinato de um homem que ele nem sabia que existia.
A partir daí, tudo dá errado: ele é designado para um defensor público incompetente, é condenado à prisão por 18 anos e perde a esperança. Aí surge o primeiro desafio. Após um bom primeiro ato como esse, como seguir? O diretor Jon Holmberg (Sune vs. Sune) parece não saber.
Afinal, no segundo e terceiro atos, Prisioneiro do Caos não consegue retornar para seu trilho narrativo. No começo, o longa-metragem sabe ser engraçado enquanto também tem algo de desespero. Há até uma deixa kafkiana para a história, mas que é desperdiçada por Holmberg.
Aí, na outra uma hora de história, o filme se torna simplesmente uma história de investigação sem qualquer ponto interessante. Há um ou outro bom momento, como a descoberta do buraco dentro da prisão e até a relação com os outros prisioneiros (principalmente quando entra na equação o plano furado de um deles), mas parece que todos os caminhos são desperdiçados.
Quando Prisioneiro do Caos chega ao fim, não dá para não se questionar: e daí? Toda a história parece convergir para um plot twist que não é interessante, como se tivesse nadado, nadado e morrido na praia. Boas ideias perdem-se no caminho e, no final, sobra quase nada na história.


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