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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Seis Vezes Confusão', da Netflix, é o pior de Marlon Wayans


Marlon Wayans surgiu no cenário cinematográfico como alguém fora da caixa. Lá nos 1990, ele trouxe de volta os filmes de paródia com os sucessos Todo Mundo em Pânico e As Branquelas. Depois, caiu num mar de mesmice com sequências e a fraca franquia de Inatividade Paranormal. Agora, pela Netflix, tenta voltar com força ao mercado com produções voltadas à um humor diferente do que estava acostumado, mas que parecem paradas no tempo. É o caso do novo, e fraco, Seis Vezes Confusão.

Dirigido por Michael Tiddes (do horrível Cinquenta Tons de Preto), o longa-metragem se propõe a contar a história de um homem que foi adotado e não sabe nada sobre sua família, seu passado. Quando ele resolve procurar sua família biológica, por conta do nascimento de seu filho, tem uma grande surpresa: tem não apenas um, dois ou três irmãos. Mas seis. A partir daí, ele começa a busca por todos seus familiares, que variam dentre todas as possibilidades. É, em resumo, um filme de reencontros familiares.

O diferencial, se é que pode ser chamado assim, é que Wayans dá uma de Eddie Murphy em Norbit e resolve interpretar todos os irmãos. Essa, sem dúvidas, é a grande sacada do longa-metragem, que mostra toda a versatilidade do ator -- algo, aliás, que já tinha ficado em evidência no sempre cultuado As Branquelas. Dá pra rir de suas interpretações, por mais que ele tenha alguns tiques que diminuem toda a experiência.

O grande problema, assim, reside na história em si. Roteirizada por Rick Alvarez (do recente Nu, também fraco), pelo estreante Mike Glock e pelo próprio Wayans, a trama não tem vitalidade e, arrisco dizer, não tem graça. A produção falha em criar histórias realmente engraçadas. Todos os personagens são estereótipos absurdos e que parecem servir apenas para o ator comprovar que sabe e consegue fazer vários tipos num filme.

Além disso, o filme em si é muito anos 1990. E não que isso seja ruim, inicialmente. Há uma febre por aí para reviver essa década no cinema e na televisão. Mas é preciso trazer coisas novas, interessantes. E Seis Vezes Confusão, sem dúvida alguma, não traz nada disso. É um filme parado no tempo e que, hoje, seria um daqueles títulos que envelheceu mal. Em entrevista ao UOL, Wayans disse que deixaria Eddie Murphy orgulhoso com seu filme. Sem dúvidas, só se for daqueles recentes, bem sem graça.

Afinal, este novo filme da Netflix, pra variar, não inova não surpreende. Não é bom, como a maioria dos filmes originais que são lançados, aos borbotões, na plataforma.

 

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