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  • Foto do escritorMatheus Mans

CCXP 2018 encerra quinta edição maior e mais importante do que já era


Ainda há problemas na CCXP -- a Comic Con brasileira, que reúne o melhor e mais importante da cultura nerd e pop do mundo. A quinta edição, que ocorreu entre os dias 6 e 9 deste ano, deixou isso muito claro. O evento, por exemplo, em alguns dias abriu depois do horário marcado para o primeiro painel. O motivo? Lotavam o auditório com pessoas que dormiam no estacionamento. Injusto. Seria melhor dividir, colocar porcentagens. Além disso, os estandes não eram tudo o que pareciam. Muita foto, muita interação vazia, e pouco conteúdo. Só a Globo Play e a HBO que se salvaram de fato.

Mas isso não prejudica uma constatação ampla e geral: a CCXP saiu gigantesca dessa sua edição em 2018. Primeiro ponto: o evento bateu recorde de pessoas com 262 mil visitantes -- que gastaram, em média, R$ 300. É muita coisa, muito dinheiro sendo movimentado, muita gente reunida num mesmo lugar. Além disso, há diversidade no público: do total de pessoas presentes, 55% eram homens e 45%, mulheres. Sendo que, ao levar em conta o fator idade, mulheres compareceram em maioria em relação ao sexo oposto na faixa etária até os 25 anos. Público ideal para todas marcas presentes.

Mas a CCXP é mais do que uma feira, um balcão de negócios, uma loja gigantesca. Grande parte de seu potencial está dentro dos auditórios -- nesta edição, divididos em três opções principais. E nisso, o evento também foi gigantesco. Trouxe 42 delegações de Hollywood, um recorde do festival, fazendo com que o público brasileiro tivesse contato com personalidades como Tom Holland, Sandra Bullock, Jake Gyllenhaal, Ellen Page, Michael B. Jordan, Sebastian Stan, Brie Larson. Do Brasil, vários artistas também começaram a olhar pro evento -- principalmente Maurício de Sousa Produções e Globo.

Além disso, o festival nerd e pop também trouxe muito material exclusivo, indicando incremento de importância para as distribuidoras internacionais. Marvel, Disney, Fox, Sony, Warner. Todas as principais empresas de entretenimento apresentaram clipes e trailers inéditos -- o ápice foi a apresentação do material de Homem-Aranha: Longe de Casa, que ainda nem tem data para chegar nas redes sociais e ao público em geral. Os filmes WiFi Ralph, Creed II, Aquaman e Bird Box foram exibidos na íntegra, em forma de premiére mundial. Quem tenta delimitar o alcance do evento, vai ficar a ver navios.

A CCXP, afinal, entrou no mapa do circuito internacional do entretenimento, ocupando um espaço vago que há anos tentava ser preenchido por outros marcos do calendário brasileiro. Quem esperava que Sandra Bullock, algum dia, viesse ao Brasil? Jessica Chastain, Sophie Turner, Jake Gyllenhaal. Grandes nomes do cinema, que pareciam até inalcançáveis, e que agora se entregam de corpo e alma ao brasileiro, que está sempre pronto com um grito nos pulmões e força nos aplausos para receber os artistas gringos, que ficam invariavelmente surpresos e emocionados com tamanha receptividade.

Agora, há de se esperar um crescimento ainda maior para a CCXP 2019. A deste ano, sem dúvidas, conseguiu fazer o que a anterior tentou -- e falhou, após uma série de cancelamentos em cima da hora. Colocou um tijolo definitivo na construção da importância geral do evento. Celebridades, números impressionantes, artistas independentes movimentando a Artist Alley. Público animado, apesar das falhas acima apresentadas. Tem tudo para, ano que vem, chutar a bola para o gol de placa. Os artistas estão interessados, as marcas estão felizes, o público está pronto para novas edições. O sentimento é que o Brasil, finalmente, entrou no circuito do entretenimento internacional. E isso é muito, muito bom.

 

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