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Os 7 melhores filmes de terror de 2025

  • Foto do escritor: Matheus Mans
    Matheus Mans
  • há 3 minutos
  • 4 min de leitura

Está chegando aquela época do ano que tanto amamos: os rankings de melhores. Por aqui, e ao redor de toda a internet, as pessoas desfilam suas listas e falam sobre aqueles filmes, livros, músicas e afins que tanto gostaram. É, claro, uma tarefa sempre difícil. Como ser justo em meio a tantos lançamentos? Como fazer uma lista coesa?


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Assisti, ao longo de 2025, mais de 700 filmes -- e contando. De todos os gêneros, países de origem, duração. Escrevi sobre alguns aqui no Esquina, sobre muitos outros no Estadão. E, agora, tento ranquear, aqui, os 7 melhores filmes de terror de 2025.


  1. Faça Ela Voltar (Bring Her Back)


Interessante trabalho dos irmãos Philippou (de Fale Comigo) que fala sobre luto e a dificuldade de aceitar a partida de entes queridos. Além de bons sustos e de algumas cenas que ficam marcadas na memória (difícil esquecer do garfo...), Faça Ela Voltar sabe contar uma história que vai para além dos jumpscares e do sangue espirrando na tela. Muito também por conta do trabalho do elenco, com destaque para Sally Hawkins, que sabe transitar entre a intensidade e a suavidade com uma graça rara de se ver, e para o novato Jonah Wren Phillips, dono de algumas das cenas mais aterrorizantes de 2025.


  1. Presença (Presence)


Que filme mais interessante é esse Presença, interessante trabalho do cineasta

Steven Soderbergh e com roteiro de David Koepp. Na trama, que também envolve luto e a dificuldade de deixar ir, o público acompanha a rotina de uma família que sente uma estranha presença no dia a dia da casa. Funciona bastante a experimentação do Soderbergh aqui, tanto visual quanto narrativamente — o final quase me perdeu, mas a brincadeira com o tempo é uma sacada interessante. Tem seus problemas e fragilidades, principalmente numa fotografia que distrai em vários momentos, mas é um filme acima da média e que traz ousadias e propostas visuais fora da caixa.


  1. Telefone Preto 2 (Black Phone 2)


Quando fui assistir ao longa-metragem, sequência do filme elogiadíssimo sobre um sequestrador bizarro, esperava um resultado que ficasse de mediano pra baixo. Ledo engano. Telefone Preto 2 consegue ser melhor do que o original ao deixar pra lá o elemento do sequestro -- principal força da trama original, aliás -- para abraçar de vez o sobrenatural. Com isso, o filme se torna um filme sobre espíritos perseguindo dois irmãos que veem para além do mundo físico. Funciona bem, dá alguns bons sustos e Ethan Hawke (no melhor ano de sua carreira) ganha pontos pela interessante presença física em cena e algumas sequências de tirar o fôlego (e que assustam de verdade).


  1. Extermínio: A Evolução (28 Years Later)


Este longa-metragem de Danny Boyle é um caso curioso no meu 2025: assisti uma vez e achei ruim. Bem ruim. Aí revi e mudei totalmente a opinião. Até hoje continuo meio incrédulo com a tosquice da cena final, mas foi bom demais rever o filme e perceber como minha visão negativa inicial foi um erro de interpretação tremendo — ou até mesmo aquela coisa de desejar que o filme seja algo que não é. Quando vi pela primeira vez, fiquei esperando um tom político que não veio, surgindo algo apenas naquela pincelada sobre isolamento geográfico no início. Preso nisso, e depois chocado com a cena final, não absorvi a ótima sacada do Danny Boyle em refletir sobre o impacto da morte em tempos em que a própria morte se torna banal. O protagonista passa por um processo doloroso tentando entender o que é o fim da vida (e, junto disso, a vida em si) enquanto tudo ao seu redor está preso no ato de morrer, indo desde os infectados, passando pela situação da mãe e até chegar no próprio clima de festa da vila quando ele e o pai saem pra… matar. Belo comentário e boa sacada de colocar como protagonista uma criança tentando entender isso tudo. E, de uma forma bizarra, curioso para ver um filme de psicopatas saídos de Power Rangers lutando contra zumbis.


  1. O Macaco (The Monkey)


Uma das grandes surpresas do ano. Com direção do irregular Osgood Perkins, O Macaco é um filme bizarramente engraçado, que ri desse gênero de bonecos amaldiçoados e tentar enxergar uma banalidade, ou até mesmo certa tosquice, na morte. Perde força em momentos que tenta ser mais dramático, mas ainda assim funciona muito bem quando se assume, de maneira ousada, como paródia do que está por aí. E o melhor de tudo: no final, faz o público pensar sobre o que anda consumindo.


  1. Pecadores (Sinners)


Em Pecadores, Ryan Coogler se reafirma como um cineasta corajoso e bastante autoral, que não se curva para convenções bobas do cinema comercial — faz o que bem entende, mesmo que soe estranho em um primeiro momento. Um filmaço intenso e inteligente, que fala sobre apropriação cultural e guerra racial abraçando o gênero e todos os seus signos e com alguns dos momentos mais marcantes do cinema em 2025, como toda a cena da dança e a forte sequência final. Crítica no Estadão aqui.


  1. A Hora do Mal (Weapons)


Após o excelente Barbarian, o diretor Zach Cregger entre não só um filme excelente, mas também um dos melhores de 2025 entra, com facilidade, no top 5 do ano. É um filme sem medo de brincar com os temas que passeiam em seu texto e que tampouco se prende em gêneros ou ideias — dá medo, é bizarro, é tenso, é engraçado. Tudo isso fluindo de forma natural em uma narrativa um pouco engasgada, é verdade, mas que nunca perde o ritmo ou se torna monótona. Destaque para a atuação histórica de Amy Madigan como a Tia Gladys, personagem que já virou cultura pop. Crítica no Estadão.

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