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  • Foto do escritorMatheus Mans

Como é rever os filmes de 'Harry Potter' quase uma década depois do fim


Isso mesmo, uma década. Em 2021, serão dez anos desde o fim da saga do bruxo que ajudou a mudar os rumos do cinema de blockbuster e a criar uma legião de fãs. E mais surpreendente ainda: serão vinte anos (isso mesmo, VINTE ANOS) desde o lançamento de Harry Potter e a Pedra Filosofal. É uma vida que passou rapidamente, num estalar da varinha, sem nem parecer.


Por isso, já antevendo essas comemorações em 2021, resolvemos aqui no Esquina revisitar os filmes -- que estão disponíveis na Netflix e no Telecine. Será que envelheceram bem? O que mudou de lá pra cá? Será que as histórias continuam empolgantes, deliciosas? Ou será que elas perderam o vigor? Foram várias perguntas que eu me fiz antes de dar o primeiro play na saga.


A saga continua boa?


Sem dúvidas, o clima da franquia continua sendo o auge dessas histórias. É maravilhoso mergulhar no primeiro filme, conhecendo aquele mundo junto do menino Harry Potter. A magia das varinhas, as criaturas, os perigos e, principalmente, as amizades. Depois disso, ainda que os quatro primeiros filmes parecem meio empacados em desenvolvimento, eles empolgam.


Depois, quando a franquia ganha ares de saga mesmo (o ressurgimento de Voldemort, a consolidação de vilões e de amigos, o clima sombrio que vai chegando), sente-se um ar mais complexo e completo. A sensação de que os primeiros filmes apenas estão tateando em busca de um norte dá lugar à uma trama com objetivos bem definidos (derrotar Voldemort, é claro).

Além disso, ainda que haja instabilidades e alguns furos de roteiro que não eram claros quando assisti aos filmes pela primeira vez, é difícil não se empolgar em acompanhar a história -- ainda mais sabendo o destino e a verdade por trás de alguns personagens. É um mundo mágico bem consolidado, com personagens cativantes, e que continua delicioso mesmo 10 anos após o fim.


Qual o pior filme? E o melhor?


Curiosamente, quando assisti a saga durante minha infância-adolescência, detestava A Câmara Secreta. Achava chato demais. E amava O Cálice de Fogo, pela empolgação das tarefas a serem cumpridas, além de ter um pouco de memória afetiva envolvida -- fui assistir ao filme com meus tios-avós, colecionei o álbum de figurinhas, toda experiência que ajudou a melhorar o longa.


Hoje, não tenho dúvidas. Harry Potter e a Pedra Filosofal é o mais gostoso de assistir, onde tudo que se desenvolveria 10 anos depois é criado; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkabam é o filme mais bem feito, com um roteiro redondo e uma condução firme de Alfonso Cuarón (de Roma e Gravidade) e os dois últimos filmes (As Relíquias da Morte) cometem exageros, mas são ótimos.


No entanto, se fosse para escolher apenas um, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban ocuparia o primeiro lugar do pódio com tranquilidade. É um filmaço, em vários sentidos e objetivos.

Enquanto isso, o pior fica concentrado em Harry Potter e o Cálice de Fogo e, sem dúvidas, Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Enquanto o primeiro tem um grave problema de tom, não sabendo posicionar a história dentro da saga, o outro não consegue avançar em quase nada na história. Jim Broadbent está bem, há boas cenas com Snape e um final emocionante... Mas só.


Assim, de novo, se for para escolher um só, não tenho dúvidas: é Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Totalmente dissonante com os demais e que serve apenas como introdução ao fim.


Conclusão


Assim, mesmo vinte anos depois do início e dez anos após o fim, sinto que a saga de Harry Potter continua com seus pontos altos em destaque. A amizade de Rony, Hermione e Harry, a magia deliciosa de ser vivida, as rivalidades, os personagens secundários incríveis, as criaturas. Tudo isso, apesar de alguns efeitos datados, continuam encantando e dando brilho nos olhos.


Algumas coisas não envelheceram bem, claro. A falta de representatividade, por exemplo. A morosidade dos três primeiros filmes quanto à algum objetivo. A péssima atuação de Daniel Radcliffe. A falta de aproveitamento de alguns secundários, como Dobby e até mesmo Snape, que some nos filmes 3, 4 e 5. E até mesmo Hagrid, que desaparece nos quatro últimos filmes.


Mas, ainda assim, não dá para dizer que Harry Potter perdeu a vigorosidade, a magia ou qualquer outra coisa. Vale a pena embarcar de novo nessa viagem, mesmo tanto tempo depois.

 
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