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  • Bárbara Zago

Crítica: 'A Caminho de Casa' é filme fraco que não emociona


Ainda que não seja propriamente considerada um gênero cinematográfico, filmes que envolvem cachorros costumam ser parecidos: bonitos e tristes ao mesmo tempo. Até hoje é difícil esquecer de Marley & Eu e e chorar copiosamente até o rapaz ao lado me oferecer um lenço de papel.. Ou até mesmo Sempre ao Seu Lado, que abala a estabilidade emocional de qualquer um. Já A Caminho de Casa entrega um trailer completamente emocionante, mas que acaba por revelar toda a história -- deixando o filme em si desinteressante, e nada emotivo. Dirigido por Charles Martin Smith, o longa é, provavelmente, uma das únicas produções que envolve cachorro sofrendo que vai penar para arrancar lágrimas do público que enfrenta os seus longos 97 minutos.

Morando ao lado de um local que estava para ser demolido, Lucas (Jonah Hauer-King) encontra uma cachorrinha, Bella, vivendo com uma família de gatos. Ao resgatá-la, tudo parece perfeito: eles brincam juntos, fazem companhia um ao outro, se entendem. No entanto, um policial que parece dedicar todo o seu tempo livre à perseguir a cachorra, determina que ela é um pitbull, a raça proibida em Denver, cidade americana que serve de cenário. Bella, assim, é mandada para o Novo México com outra família, mas resolve escapar para ir atrás de Lucas. Nisso, o título já entrega exatamente o que vai acontecer.

A Caminho de Casa parece ter uma certa dificuldade em se definir como um filme infantil ou adulto. Não chega a ser uma história para crianças como Bud - O Cão Amigo, filme do mesmo diretor que marcou infâncias, mas consegue facilmente irritar adultos com a voz humana de Bella.

A cachorra vai passando por diversas situações ao longo de sua jornada, mas é sempre conduzida pela sua vontade de rever o dono. Sua viagem leva mais de dois anos, enquanto Lucas e sua família não fazem muito para encontrá-la. Desde ser resgatada por um casal que lhe dá toda atenção e carinho do mundo até brigar com outros animais selvagens, tudo é possível para encontrar o caminho de casa. Inclusive passar por cenas que chegam a ser vergonhosas para o espectador, em que o CGI é nítido e a história totalmente fantasiosa, sem querer ser.

Infelizmente, Smith não conseguiu entregar um filme à altura de seus anteriores, sendo cansativo tanto para crianças quanto adultos. A voz de Bella pouco acrescenta e se torna um recurso desnecessário. Claro, a cachorrinha é linda -- como todos os cachorros. Mas isso não foi suficiente para sustentar uma história tão fraca e mal estruturada.

 

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