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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'A Conquista da Sibéria' é filme grandioso, mas com roteiro confuso


É triste notar como pouco nos chega da História de outros países nos cinemas. Geralmente, nos deparamos só com produções grandiosas dos EUA e, de vez em quando, algum filme brasileiro que tenta entrar nas salas de cinema com a História do Brasil -- que, convenhamos, é muito mais interessante do que a ianque. Por isso é louvável a proposta de A Conquista da Sibéria.


Dirigido por Igor Zaytsev, o longa-metragem conta a história de Ivan Demarin (Ilya Malanin), um oficial a serviço do czar russo que é enviado às profundezas da Sibéria. É lá que o rapaz, um tanto quanto contra a sua vontade, começa a se familiarizar com o que acontece na região e, é claro, a fazer política para atender as ordens de seu governante. E sem falar de seu novo amor.


Grandiosa, a produção chama a atenção desde o primeiro momento. Zaytsev não economiza nos efeitos e, principalmente, no design de produção -- recria ambientes e investe em uma grande quantidade de figurantes. É interessante ter esse mergulho na História czarista, saindo um pouco do eixo ocidental que tanto estamos acostumados a ver nos cinemas. Há riqueza por aqui.


No entanto, não dá para dizer que o mergulho é completo. Apesar dos esforços de cenário e de design de produção, o longa-metragem é confuso DEMAIS em termos de roteiro. Quem não conhece a história da conquista da Sibéria, sem dúvidas, vai ter dificuldade em se embrenhar no mar de nomes, citações e referências que o roteiro de Aleksei Ivanov e Aleksey Permyakov usa.


É preciso ter o mínimo de conhecimento sobre essa história para ter alguma empatia pelos personagens e, acima de tudo, algum interesse pelo filme. Se não for isso, o que sobra é um romance qualquer e os estrondosos cenários. É uma pena. Obviamente, A Conquista da Sibéria não precisaria -- nem deveria -- ser didático. Apenas mais palatável, mais simples de acessar.

 
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