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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'A Missy Errada' é comédia besteirol banal da Netflix


Logo na primeira cena de A Missy Errada, o protagonista Tim (David Spade) está tendo um primeiro encontro horrível. A pretendente (Lauren Lapkus) é sem noção, não fala coisa com coisa e não combina com Tim. Passado um tempo, ele acaba encontrando o amor de sua vida (Molly Sims) no aeroporto, uma mulher charmosa, bem sucedida e com os mesmos gostos.


Tudo vai bem até que Tim resolve convidar a nova pretendente para uma viagem do trabalho. Todos colegas estarão lá, o chefe está ansioso por conhecer a mulher. Mas qual a surpresa quando o protagonista acaba, sem querer, chamando na verdade a primeira pretende. A outra Missy. É a deixa para o caos em A Missy Errada, nova comédia besteirol e original da Netflix.


Produzido pela empresa de Adam Sandler, o filme é daquelas histórias que não reinventam a roda, tampouco se propõem a isso. É uma comédia de situações, com atores exagerados e, principalmente, momentos que não condizem com a realidade da vida de quem assiste ao filme. Muito por conta da atuação de Lapkus (Jurassic World), o escape cômico do longa-metragem.


Para alguns, será um filme insuportável. Afinal, não é nenhuma comédia inteligente ou sofisticada. É o típico humor de Adam Sandler, que ri de situações do cotiano -- neste caso, principalmente, de um engano de relacionamento e do caos que se transforma no trabalho. É algo banal, sem muito aprofundamento, e que nos faz lembrar de nossas realidades.


O diretor Tyler Spindel (do fraquíssimo Pai do Ano) peca no ritmo de algumas piadas em alguns momentos e, em outros, acaba exagerando na dose -- tipo na queda do penhasco. Assim, acaba tendo um desempenho neutro. Além de Lapkus, David Spade também está bem. Ele precisa apostar mais nesse papel de executivo velho fracassado. As piadas funcionam e encaixa no tipo.


Ou seja: é uma comédia sem pretensões, com algumas risadas aqui e acolá -- fique de olho nos momentos com o "cara do RH", é hilário -- e nada que reinvente o gênero. É uma diversão morna, como é típico nos filmes de Adam Sandler, que muita gente vai criticar, falar mal, dizer que não é cinema. Mas no fundo, escondido no escuro de seu quarto, vai dar algumas boas risadas.

 
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