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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: Amador e cansativo, 'O Último Resgate' aposta em mais do mesmo


Convenhamos que a Segunda Guerra Mundial já se esgotou nos cinemas. Desde obras-primas como A Lista de Schindler, O Resgate do Soldado Ryan e Bastardos Inglórios, a temática entrou num declive sem fim -- apenas com algumas boas surpresas no caminho, como The Exception, Agnus Dei e Uma Vida Oculta. Infelizmente, o fraquíssimo O Último Resgate não surpreende.


Dirigido e roteirizado por Ben Mole (sim, este é o nome do cineasta), o longa-metragem até que parte de uma premissa interessante: a união de britânicos e franceses para recuperar um soldado capturado por alemães e, assim, evitar que planos perigosos caiam nas mãos de seus inimigos. No entanto, a parte interessante de O Último Resgate para por aí. Não vai além.


E a falta de recursos, aqui, não é argumento para a história exageradamente ruim de O Último Resgate. Oras, Mole poderia ter se debruçado mais tempo sobre o roteiro. Não precisa de efeitos, locações extraordinárias e coisas do tipo para falar sobre guerra. O problema é que o cineasta acaba apostando em ideias que exigem muito dos atores, da direção.... E isso, no final, é um erro.

Afinal, seria melhor ter deixado a história mais focada na compreensão desse grupo de resgate do que na grandiosidade da missão. Mais no interior do que no exterior. Na personalidade do que na ação. Dessa forma, o filme acaba exposto. As falhas de direção, de atuação e de roteiro ficam evidentes, até mesmo para quem não entende muito de cinema. É um filme preguiçoso, chato.


Falar de Segunda Guerra Mundial não exige que a história tenha tiroteios, correria, explosões e momentos grandiosos. Os conflitos desse período podem estar em uma conversa, na tensão de um encontro. Pode estar em silêncios, em desencontros, em partidas. E Ben Mole, infelizmente, parece buscar algo que não pode ser comportado em seu orçamento. O filme se torna patético.


O Último Resgate, assim, é um filme que apenas ajuda a aumentar essa impressão de que histórias de Segunda Guerra Mundial não encontram mais espaço no cinema mundial, apesar desses pequenos e inesperados casos isolados. Ben Mole, na sua ânsia de fazer uma grande jornada dos heróis desse período, se perde e faz com que o subgênero caia mais na mesmice.

 
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