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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Amor, Casamento e Outros Desastres' é bobagem constrangedora


O cineasta Dennis Dugan é conhecido, principalmente, por sua parceria com o astro Adam Sandler, em comédias como Zohan, Gente Grande e O Paizão. Agora, Dugan se desprende do ator e parte para um projeto diferente de tudo que ele fez antes em Amor, Casamentos e Outros Desastres. É uma espécie de comédia romântica que acompanha vários personagens com o tema do amor e do casamento em comum -- o desastre, enquanto isso, entra no filme em si.


Afinal, Dugan não tem foco. Ao longo de 96 minutos, o cineasta salta de uma história para a outra sem parar. É o organizador de casamentos (Jeremy Irons) que se envolve com uma mulher cega (Diane Keaton); é o locutor de um ônibus de turismo (Andrew Bachelor) apaixonado por uma passageira; são as desventuras de Jessie (Maggie Grace), uma outra organizadora de casamentos em seu primeiro desafio profissional; e, por fim, ainda há um concurso de casais.

Tudo isso é condensado nessa pouco mais de 1h30, sem Dugan conseguir de fato focar em alguma coisa. E por mais que o longa tenha um estilo parecido com a franquia de amor às cidades (Nova York, Eu Te Amo, Rio, Eu Te Amo e por aí vai), não é um filme antológico, que foca em várias histórias por tempos determinados. É uma salada, na verdade. Não há desenvolvimento de história nenhuma e a apresentação cuidadosa de personagem algum...


Além disso, nem a comédia, nem o romance funcionam. Os casais apresentados no filme não têm química, enquanto o humor não deslancha em momento algum -- geralmente temos apenas um riso de vergonha alheia, nada mais. Jeremy Irons (Gêmeos: Mórbida Semelhança) e Diane Keaton (Annie Hall) estão claramente desconfortáveis em cena, principalmente ela como uma mulher cega. Só Maggie Grace (Lost, Busca Implacável) parece se divertir aqui e ali.


Assim, Amor, Casamentos e Outros Desastres é apenas um filme para passar o tempo, quase sem prestar atenção exatamente do que está se desenrolando na tela. O humor não é leve e sensível como promete, apenas não existe. O romance apenas surge aqui e ali, sem nunca se concretizar. E o filme, que poderia ser uma comédia romântica bonitinha de fim de noite, é uma das produções mais esquecíveis (e até constrangedoras) de 2021, sem sombra de dúvidas.

 
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