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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Crypto Boy', da Netflix, traz olhar interessante sobre mundo das criptomoedas


O mundo das finanças sempre geram bons filmes. O Lobo de Wall Street, Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme e, mais recentemente, o ótimo Jogo Justo -- uma das maiores surpresas entre lançamentos originais da Netflix. Agora, mais um bom filme sobre o mundo das finanças (e mais uma surpresa do streaming) estreia nesta quinta, 19: Crypto Boy, estreia original da Netflix.


Dirigido por Shady El-Hamus (Forever Rich), o longa-metragem acompanha a história de um rapaz perdido na vida (bem interpretado por Shahine El-Hamus) que não se sente feliz sendo o garoto de entregas do restaurante mexicano de seu pai. As coisas mudam, porém, quando Amir descobre o universo das criptomoedas e vê Roy (Minne Koole), seu chefe, como um messias.


Ainda que El-Hamus não se comprometa tanto analisando e comentando esse universo das criptomoedas, com um final que pode causar certo desconforto, Crypto Boy consegue colocar o espectador dentro desse admirável mundo com tantos altos e baixos, mentiras e verdades.

Fica a sensação, em vários momentos, de que o cineasta não chega no ponto extremo que esse mundo das finanças exige -- algo que O Lobo de Wall Street e Jogo Justo fazem bem. As drogas nunca causam efeitos poderosos, o sexo fica limitado em mulheres de biquini nas piscinas. Ele para um passo antes do choque, da explosão, do exagero -- coisas comuns nesse universo.


Isso fica refletido no final do longa-metragem. Como já falamos, muitas vezes o filme foge da potência necessária para alavancar a trama. A conclusão de Crypto Boy, ainda que tenha certa carga sentimental, vai justamente no caminho contrário do que esperamos nessas histórias sobre o mundo das finanças. Será que El-Hamus queria testar caminhos? Se sim, não funcionou.


Ainda assim, principalmente guiado pela atuação convincente de Shahine El-Hamus, o longa-metragem convence: mostra que o mundo das finanças não é esse conto de fadas que diz ser.

 

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