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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Dupla Explosiva 2' se repete, mas ainda diverte


É até um pouco surreal como Dupla Explosiva 2: E a Primeira-Dama do Crime simplesmente não se esforça. O longa-metragem, que traz Patrick Hughes de volta na direção, é praticamente uma repetição do que vimos no filme anterior: um guarda-costas (Ryan Reynolds) que entra na rota de um criminoso (Samuel L. Jackson) que precisa protegê-lo de outro vilão (Antonio Banderas).


Banderas (Dor e Glória), assim, substitui o que Gary Oldman fez no filme anterior -- sem mudança narrativa alguma, apenas acrescentando uma excentricidade a mais. Já Reynolds faz o mesmo papel de sempre, dando até mesmo a impressão de que vai se transformar em Deadpool a qualquer instante. E Jackson está escrachado e divertido, mas muito repetitivo.


Quem salva o filme de ser apenas um copia e cola é a presença magnética de Salma Hayek (Os Eternos), que interpreta a esposa de Jackson. Ela tem um humor extremamente particular, divertido e exagerado na medida certa, trazendo uma dinamicidade na história que salta aos olhos. Já vimos esse tipo de humor antes com a atriz, mas aqui é ainda mais explorado.

Na trama, enquanto isso, mais repetição. Ainda que não tenha a questão do personagem de Reynolds ter que transportar um criminoso sádico como Jackson em segurança, o que ajuda o roteiro a se firmar em Dupla Explosiva, esta sequência acerta ao colocar Reynolds, Jackson e Hayek em rota de colisão, deixando a trama interessante -- ainda que não supere a original.


O acerto de Hughes, que sabe misturar bem ação e comédia, acaba sendo nos detalhes. Além dessa boa mescla de gêneros, o diretor sabe como introduzir algumas piadas bem contadas -- a paternidade do personagem de Reynolds, as frequentes "mortes" do protagonista, a dinâmica com Jackson e Hayek. No todo, há essa repetição. No detalhe, o humor consegue ressurgir.


Dupla Explosiva 2: E a Primeira-Dama do Crime não é melhor que o primeiro filme. Falta originalidade, criatividade e até mesmo a capacidade de rir de si mesmo o tempo todo. Mas, felizmente, ainda tem um sopro de humor e atores entrosados em cena. Não é um filme memorável ou algo do tipo. Mas é um divertimento leve para passar bem um final de dia.

 

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