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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Em Busca de Agnes' é dramalhão exagerado da Netflix


Que filme mais amador e exagerado é esse Em Busca de Agnes, produção original da Netflix e que chegou ao catálogo brasileiro nesta segunda-feira, 30. De origem filipina, o longa-metragem conta a história de Brix (Jelson Bay), um homem bem sucedido que foi abandonado pela mãe ainda jovem. Depois de adulto, porém, ele começa uma busca pela matriarca e a sua história.


Dirigido por Marla Ancheta, o filme parece a adaptação barata de um romance ruim — daqueles que vendem em bancas de jornal, com papel de baixa qualidade. Afinal, a trama não tem sutileza, tampouco delicadeza no tema tratado. Tudo é muito óbvio sob a batuta de Ancheta, que vai tentando arrancar uma emoção simplória a cada cena, a cada quadro, a cada diálogo. Cansa.

Além disso, o roteiro segue por um caminho muito pouco sutil. Quer mostrar que Brix ainda sofre com a partida inesperada da mãe? Oras, só colocar na mãe dele o objeto envelhecido que ela o entregou bem antes de ir embora. Não há uma construção narrativa consistente. Muito pelo contrário. Ancheta, munida desse roteiro pouco sagaz, tenta emular emoções a todo custo.


Enquanto isso, o elenco também não consegue avançar esse roteiro raso. Jelson Bay, ator filipino conhecido por comédias, apresenta uma atuação óbvia, sem camadas ou emoção. Tudo é de um tom só — desde a descoberta do que aconteceu com sua mãe do nada, passando por negociações que faz com grandes executivos até a jornada que empreende. É sempre o mesmo.


Sue Ramirez é o único destaque do longa-metragem, com alguns bons e inspiradores momentos. Mas não é o bastante. Em Busca de Agnes, ainda assim, é um filme raso, que beira a bobagem completa, sem nunca encontrar o tom necessário para uma história dramática como essa. Ia dizer que poderia ser melhor. Mas Em Busca de Agnes, pra ser bom, precisa de muito.

 
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