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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Em Todas as Partes', da Netflix, é comédia mexicana mediana


Estreia da Netflix desta terça-feira, 14, Em Todas as Partes não poderia ter uma premissa mais banal: dois irmãos, que não se veem há cerca de 15 anos, se reencontram após a morte do pai. E o relacionamento da dupla, que começa estremecido, passa a ter uma melhor substancial quando eles decidem realizar um sonho de infância e viajar de moto ao redor de todo o México.


É, basicamente, um road movie em que o relacionamento desses dois irmãos avança conforme eles atravessam o México. Avançar por uma estrada é sinônimo de avançar no relacionamento. No caminho, como sempre, eles também vão encontrando personagens que influenciam na vida dessas pessoas e, com isso, contribuem para um amadurecimento do relacionamento e da vida.


Não há grandes surpresas ao longo da história de Em Todas as Partes. O cineasta Pitipol Ybarra (A La Mala) não tenta, em momento algum, ser ousado ou criativo. Cai no lugar-comum das comédias familiares, além de acrescentar alguns elementos românticos pelo caminho, com essa estrutura de road movie que parece nunca ser vencida -- é sempre a mesma coisa de sempre.

A dupla de atores até se esforça aqui e acolá (Ana Claudia Talancón e Mauricio Ochmann), com algumas cenas realmente boas, mas ficam presos na estrutura de road movie como o resto.


Obviamente, pessoas que contam com um relacionamento estremecido com um irmão, por exemplo, podem até se emocionar com o que é contado na história, o que é natural em situações assim. Mas não passa disso. É difícil pensar como uma história tão banal, tão sem vida e tão pouco memorável pode ser compreendida como um bom filme. Não passa de algo mediano.


Por fim, lembrando até mesmo um pouco do cinema brasileiro de comédia, Em Todas as Partes tenta acrescentar um besteirol cansativo, bobo e que não engaja. A cena de Talancón com um parceiro romântico é constrangedora: não tem graça, só bizarrice. Enfim, Em Todas as Partes é o que você espera de um filme da Netflix: um vazio de ideias, propósitos e, claro, criatividade.

 

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