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Que universo mais peculiar é o das artes plásticas. Um universo onde milhões circulam diariamente na compra e venda de quadros de pintores famosos -- muitos artistas, aliás, que morreram sem um tostão no bolso. Um mundo em que reputações demoram para ser construídas, mas que podem ser destruídas de uma hora pra outra. É isso que mostra Fake Art.
Novo documentário do catálogo brasileiro da Netflix, este longa-metragem conta a intrincada história de quadros falsificados que circularam na alta sociedade de Nova York entre as décadas de 2000 e 2010. Como? Um falsificador chinês genial, uma vendedora boa de lábia e uma galerista que ansiava por encontrar o lote "milagroso" de quadros para a galeria que trabalhava.
A partir dessa história cheia de particularidades e bizarrices, o diretor Barry Avrich (Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood) vai colocando o espectador na sucessão cronológica de acontecimentos que permeiam essa narrativa. Não há inventividade na forma que tudo é contado, tampouco no trabalho de edição sob a batuta e os cuidados da editora Melissa Hood.
Ao contrário de filmes e séries criminais recentes, como Don't Fuck With Cats e Night Stalker, a narrativa está longe de ser realmente saborosa. É burocrática, é o esperado. Não se atrapalha demais, mas tampouco surpreende. Talvez tenha sido a melhor solução para uma trama bizarra, cheia de personagens inesperados, que poderia rapidamente confundir o telespectador.
Além disso, o filme não fica dando voltas excessivas -- como a recente minissérie da Netflix sobre o desaparecimento de Elisa Lam. Vai direto ao ponto, às vezes até demais. Por exemplo: já no final do longa-metragem, surge uma discussão rica e interessante: o que é arte? Oras, um dos quadros falsificados valia milhões. Depois, passou a valer nada. De novo: o que é arte?
Talvez teria sido mais interessante, e profundo, se Avrich tivesse ido além nas discussões sobre o mercado de arte em si. Fica apenas no raso, infelizmente. Ainda assim, porém, Fake Art é daqueles longas divertidos, daqueles documentários que servem até mesmo para os que não gostam do gênero. E afinal, há coisa mais divertida do que ricos se apunhalando a toda hora?
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