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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Filhos do Privilégio', da Netflix, é salada sem propósito


Que bagunça é Filhos do Privilégio, longa-metragem alemão que chegou ao catálogo da Netflix nesta quarta-feira, 9. Dirigido pela dupla Felix Fuchssteiner e Katharina Schöde, o longa-metragem conta a história de um rapaz (Max Schimmelpfennig) que precisa lidar com acontecimentos bizarros desde a infância, quando a irmã mais velha surtou e tentou matá-lo.


Ao longo de 107 minutos, o espectador vai sendo guiado nessa história que mistura terror e suspense. Afinal, de um lado, há o medo gráfico do desconhecido, que se revela nas sombras. Do outro, há a dúvida sobre o que realmente está acontecendo. É até uma mistura interessante, bem dosada por Fuchssteiner e Schöde, que consegue trazer uma tensão interessante ao filme.


No entanto, a coisa desanda de vez depois de uns 30 minutos de projeção. O roteiro, assinado por Sebastian Niemann e pelos dois diretores, é uma bagunça: é filme de possessão, de paranoia, de seita, de invasão de domicílio e até mesmo de exorcismo. Os cineasta não conseguem achar o fio condutor da trama, em tentativas vazias de tentar assustar por assustar.


Conforme isso vai avançando e se complicando, Filhos do Privilégio vai se tornando cada vez mais cansativo. Parece que não há um projeto e uma ideia concreta para o filme, apenas ideias vagas sobre o que pode ser. Isso não funciona, não dá certo -- ainda mais em uma produção de terror. O espectador fica sendo jogado de um lado para o outro, sem qualquer foco objetivo.


Ainda que haja uma boa sacada final, que deve reverter a experiência ruim de parte dos espectadores, não dá para ignorar os vários problemas de Filhos do Privilégio. Ainda que com alguns filmes no currículo, a dupla de diretores não soube lidar com o tamanho da ideia que tinham em mãos. Sobraram intenções, faltou qualidade. E o resultado final deixa isso evidente.

 

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