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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: ‘Holler’ é bom filme sobre crescimento e descoberta de si próprio

Atualizado: 5 de out. de 2020


A jovem Jessica Barden fez sucesso recentemente na Netflix com a série The End of the Fucking World. Confesso que não gosto muito da produção, mas acho que a atriz vai bem. Agora, ela dá as caras nas telonas com o longa-metragem Holler, filme de estreia da cineasta Nicole Riegel e que teve sua exibição de estreia feita no Festival de Toronto.


A trama é simples. A jovem Ruth (Barden, que nada tem a ver com Javier) vive uma vida dura em Ohio. O motivo? Ela não tem pai, a mãe está presa e todo um universo de responsabilidades cai em suas costas e na de seu irmão mais velho, Blaze (Gus Halper). A partir daí, eles entram no mercado de sucatas para tentar sobreviver e pagar faculdade.



“Coming of age” às avessas -- ou filme de amadurecimento, como preferir, o longa-metragem não aposta em fórmulas fáceis ou batidas. Afinal, por mais que seja clara a jornada da jovem Ruth, tudo em sua vida acontece aos trancos e barrancos. A boa fotografia de Dustin Lane (Dayveon) também ajuda a dar o tom frio e pálido da trama.


No entanto, apesar de Barden estar bem e a trama ser interessante, não há nada realmente memorável por aqui. Holler, meio que sem querer, foge das fórmulas, mas anda em círculos. Não avança como deveria, tampouco chama a atenção do espectador. No final, fica elas por elas: há cuidado em traçar uma trama diferenciada, mas falta mais atenção.


O destaque final fica mesmo com a protagonista, que promete uma carreira interessante se bem administrada (a cena dela chorando em silêncio, na cozinha, é dilaceradora) e, também, vale a pena acompanhar os próximos trabalhos da diretora Nicole Riegel. Apesar dos erros, normais para quem está começando, há espaço de sobra para avançar mais.


 
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