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  • Bárbara Zago

Crítica: 'Hotel Transilvânia 3' transmite o espírito das férias


Quando criança, nada dizia mais férias do que ir ao cinema com os meus pais e assistir a um filme SOBRE férias. Parece redundante, mas não deixa de ser verdade. E foi nessa atmosfera, com a exibição de Hotel Transilvânia 3, que minha criança interior voltou à tona. Continuação da animação que teve seu lançamento em 2012, a mais nova produção da Sony nos leva à um cruzeiro de monstros. Quando Mavis (Selena Gomez) percebe que seu pai, Conde Drácula (Adam Sandler), precisa dar uma pausa no trabalho, ela planeja uma viagem surpresa de navio, onde o grande diferencial é a proibição de humanos. A única pessoa presente é Ericka (Kathryn Hahn), por quem Drácula se apaixona. Assim como nos longas anteriores, Hotel Transilvânia 3 é claramente um filme para crianças, que não possui um conteúdo emocional mais complexo como em filmes da Pixar - como é o caso de Divertida Mente. No entanto, cumpre sua proposta e, diga-se de passagem, muito bem. Férias Monstruosas é engraçado, leve e divertido. Representa perfeitamente o espírito das férias. Seu conteúdo é atual, fazendo piada com Tinder e até com smartphones através do comando ativado por voz. Todavia, também arranca risadas das crianças com o jeito divertido dos personagens.

Ainda que voltado para o público infantil, o filme tem uma maneira muito bonita e sutil de falar à respeito de romance e diferenças. Drácula constantemente se refere ao tchan, termo que para os monstros seria uma espécie de amor à primeira vista. E ao tratar deste assunto, Hotel Transilvânia consegue deixar claro que não importa quem seja o outro; se ambos sentem essa paixão, não tem porque ser errado, até mesmo quando acontece entre monstros e humanos. O filme, que tem duração de 97 minutos, é composto por uma trilha sonora que contagia o público, talvez até mais do que sua história propriamente. Ver crianças dançando durante a sessão, no ritmo da música, fez com que eu me sentisse realizada. Inclusive, na versão original, um dos dubladores do povo, animal que no filme é controlado por determinadas músicas, é Joe Jonas, ex-integrante da boyband Jonas Brothers. Mesmo assim, Hotel Transilvânia cria um final inesperado para o público mais jovem — com música, é claro — trazendo na bagagem uma lição de empatia e bondade. Clichês nem sempre constituem um aspecto negativo.

Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas não apenas consegue passar uma mensagem importante para crianças, como também retrata de maneira extremamente bem humorada a relação com a família, amigos e até amores. Já o público adulto também sai satisfeito, seja pelas piadas bem construídas ou pelo atmosfera agradável que o filme consegue transmitir. Para mim, é a sensação de, finalmente, estar entrando de férias.

 

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