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  • Foto do escritorJoão Pedro Yazaki

Crítica: 'King's Man: A Origem' é filme de ação medíocre e história esquecível

Atualizado: 11 de jan. de 2022


Quem se lembra do filme Kingsman: Serviço Secreto, de 2014, se recorda de uma história simples, porém bastante divertida e cenas de ação muito bem executadas. Uma delas, inclusive, ficou marcada como a "icônica cena da igreja’". Seu sucessor não foi tão bem recebido, porém ainda assim conseguiu divertir aqueles que gostam de bons momentos de ação. Enfim, após alguns anos, nesta virada de 2021 para 2022, Matthew Vaughn retorna na direção em King’s Man: A Origem, um filme que prometia ser um bom entretenimento, mas acaba sendo majoritariamente decepcionante.


Como o próprio título pouco criativo sugere, vamos acompanhar a história do início do serviço secreto da Kingsman. Quando a Primeira Guerra está prestes a estourar, o Duque de Oxford (Ralph Fiennes) precisa descobrir quem é a figura misteriosa por trás dos planos de manipular os maiores tiranos da Europa, e evitar com que a guerra tome proporções irreparáveis.


Nesta releitura da Primeira Guerra Mundial, a Kingsman terá um papel decisivo. Junto com o Duque, seu filho, Conrad (Harris Dickinson), e seus assistentes, Polly e Shola (Gemma Arterton e Djimon Hounsou, respectivamente), formam a primeira equipe do serviço secreto. Os personagens seguem o estilo dos filmes anteriores, mas com bem menos carisma. Não dá para se afeiçoar por nenhum deles, exceto pelo Grigori Rasputin (Rhys Ifans), um vilão bastante caricato, que combina com o estilo excêntrico que Matthew Vaughn impôs nessa trilogia.

No entanto, a decepção começa quando percebemos que Rasputin possui pouquíssimo tempo de tela, dando mais espaço para o tal vilão misterioso, cuja identidade só será revelada ao final em uma reviravolta ridiculamente previsível. Tal como esse plot twist, o resto da história também deixa a desejar. Apesar da premissa interessante de inserir a primeira missão da Kingsman em um contexto tão marcante da história, há pouquíssima criatividade no desenrolar da narrativa.


Todos os elementos do filme são exageradamente simples. Os personagens, o suspense, o estilo das missões e das investigações. Não que as últimas produções sejam brilhantes nesses quesitos, mas pelo menos acertavam no que propunham. Ou seja: aventuras leves e divertidas. Aqui, tudo é mais do mesmo, inclusive as cenas de ação. Pouquíssimas são realmente diferenciadas. A única com mais personalidade envolve Rasputin no começo do filme, além de uma cena no No man's land bastante interessante. O resto é bem medíocre e esquecível.


Infelizmente, muitos talentos foram desperdiçados em King’s Man: A Origem. Além do bom elenco pouco inspirado, a cinematografia do talentoso Ben Davis também foi mal aproveitada. Embora o longa não seja de todo o mal, ele não aproveita todo o potencial que possui. No final das contas, é mais um filme de ação esquecível, que não prejudica ninguém, mas também não agrega em nada. O objetivo principal dos filmes da Kingsman sempre foi servir um entretenimento bacana, porém esse aqui, infelizmente, nem para isso serve direito.

 

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