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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Meu AmigãoZão: O Filme' comprova qualidade nacional


Há sempre aquela figura obscura, coberta do complexo de vira-lata, que insiste em falar mal do cinema brasileiro. Se é algo "de gênero", então, sem chance -- seja animação, terror, suspense, o que for. Quer calar a boca desse tipo de pessoa? Então mostre Meu AmigãoZão: O Filme, longa-metragem nacional que chega oficialmente aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 12.


Dirigido por Andrés Lieban, que também comanda a série do Meu AmigãoZão, o filme conta a história de um trio de crianças que se frustram com os planos de seus pais. Eles querem enviá-los para um acampamento ao invés de fazer as atividades que os pequenos desejam. O trio, então, embarca em uma viagem ao mundo da imaginação ao lado de seus amigos imaginários.


Só que lá eles encontram Duvi Dudum, uma criatura que quer fazer de tudo para tomar esses amigos imaginários das crianças. Como enfrentá-lo? A partir daí, Lieban desenvolve uma jornada brilhante, colorida e muito musical desse pequeno trio em um mundo repleto de imaginação e momentos que de fato parecem saídos da cabeça e imaginação de uma criança.

Meu AmigãoZão: O Filme, assim, é um deslumbre para pais e filhos. É fácil para os mais velhos se deslumbrarem com as imagens, a música e embarcarem em uma jornada na própria memória, lembrando dos tempos de criança -- eu, do alto dos meus 27 anos, cantei como criança durante algumas músicas. É um filme infantil, sim, mas que pode emocionar todos.


As crianças, por sua vez, não terão barreiras nesse mergulho imaginário. Não só a história é fácil de acompanhar, como os personagens são marcantes, simpáticos, "gostáveis". A música genial de Christiann Oyes ajuda nesse mergulho infantil, expandindo o universo da série de uma maneira genuína. Não fica devendo em nada para os filmes mais recentes da Walt Disney.


Ah, ainda temos Guilherme Briggs. O ator e dublador é quem dá voz Duvi Dudum, trazendo uma malícia ingênua ao personagem, por mais que isso seja contraditório. Ele brinca com os tons e sutilezas do personagem, fazendo com que o vilão não seja apenas aquela criatura que quer o mal de todos ao seu redor. Com isso, Meu AmigãoZão: O Filme vai além do óbvio e maniqueísta.


Enfim: Meu AmigãoZão: O Filme é um filme delicioso, verdadeiro, empolgante, musical, emocionante. Há um deslize aqui e outro ali, como algumas passagens do roteiro que se repetem tal qual fábulas, mas sem qualquer necessidade. Ainda assim, é um exemplo precioso do que o Brasil pode fazer no universo da animação, trazendo mais cores ao nosso cinema.

 

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