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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: ‘Monday’, com Sebastian Stan, é filme bonito, mas errático

Atualizado: 5 de out. de 2020


O começo do longa-metragem Monday tem um começo mais do que promissor. Com um estilo de filmagem interessantíssimo do grego e estreante Argyris Papadimitropoulos, o filme parece um Antes do Amanhecer ao contar a história de um casal que se conhece em uma festa na Grécia, passa uma noite arrebatadora e, depois, precisa enfrentar a partida.


Afinal, ela (Denise Gough) decide partir da Grécia para aproveitar uma oportunidade de trabalho nos Estados Unidos. Ele (Sebastian Stan), enquanto isso, não tem plano algum de sair de lá. É DJ, faz alguns trabalhos com trilhas sonoras. Tem uma vida, em resumo. Como esse casal vai enfrentar segunda-feira de partidas após este maravilhoso final de semana?


A partir daí, Papadimitropoulos vai tecendo essa trama cheia de idas e vindas, altos e baixos, sobes e desces. O fato, porém, é que Monday tem uma premissa ótima. Digna de grandes filmes de romance. O elenco também está entregue aos seus papéis, entregando bons momentos. A fotografia clara e colorida também ajuda a dar o tom geral do filme.

Além disso, Papadimitropoulos tem uma boa sacada de roteiro ao trazer repetições de “sextas” na tela, enquanto a segunda-feira da verdade e da realidade não chega.


No entanto, rapidamente, Monday acaba mostrando como a inexperiência do cineasta e roteirista atrapalha o andamento da história. Ele não consegue desenvolver uma identidade, um clima próprio para o longa-metragem. Começa como Loucamente Apaixonados, evolui para um Antes do Amanhecer, vira uma mistura de Noé com os Safdie e termina sem nada.


Hoje, mesmo com todos esses pontos positivos, não consigo lembrar de detalhes do longa ou de algo que lhe distingua. Monday é um longa-metragem com muito potencial, que até traz certa animação para a estreia da direção de Papadimitropoulos. Mas que, no final das contas, não consegue cumprir tudo que promete. É errático, perdido, estranho. Uma pena.


 

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