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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Nosso Lar 2' não consegue encantar, emocionar ou entreter



Quatorze anos se passaram desde a estreia de Nosso Lar, um dos maiores sucessos do cinema nacional. Nesta quinta-feira, 25, esse tempo de espera chega ao fim com a estreia de Nosso Lar 2: Os Mensageiros. Novamente dirigido por Wagner de Assis e inspirado no livro de Chico Xavier, o longa-metragem acompanha uma história totalmente diferente, mas no mesmo ambiente.


Na história, o médico André Luiz junta-se a um grupo de espíritos mensageiros da cidade espiritual Nosso Lar liderados por Aniceto na missão de ajudar a salvar projetos de vidas que estão prestes a fracassar. São três protegidos com histórias interligadas: Otávio, médium que se desvirtua de sua missão; Isidoro, líder de uma casa espírita; e Fernando, empresário responsável pelo financiamento do projeto de criação da oficina espiritual. Todos interligados.


Apesar do número dois no título, vale dizer que Nosso Lar 2 não é necessariamente uma continuação. É claro que é preciso saber de toda a dinâmica espiritual que se estabeleceu no primeiro filme, ou ainda nos livros de Chico Xavier que deram origem às histórias. Mas Os Mensageiros acaba trazendo novos personagens. Dá pra entender tudo sem acompanhar. Isso, é claro, é um bom atrativo para o filme nesse novo cenário desafiador do cinema nacional.



O primeiro grande problema do filme está nessa quantidade de histórias. É maçante, cansativo e até mesmo desesperador. São muitos personagens enfiados dentro de um roteiro que não sabe muito bem como falar sobre isso tudo sem se tornar exageradamente mecânico, didático e até mesmo doutrinador -- algo que o primeiro filme não tinha apresentado tão duramente.


Não há naturalidade na forma que a história surge, afastando qualquer possibilidade de emoção. Personagens também não criam vínculos com o público, já que surgem e desaparecem da narrativa exageradamente -- Edson Celulari, por exemplo, é um dos protagonistas, mas fica vários minutos desaparecido da tela, interrompendo a jornada do personagem para dar espaço para outras narrativas que não são realmente necessários. É um vai e vem sem condições.


O elenco também parece um tanto perdido sobre como a história se desenvolve. As emoções são despontuadas, um tanto perdidas na narrativa. O filme perde qualquer ancoragem e a sua relação com o público. E assim, termina de um jeito melancólico: não tem emoção, não tem encanto, também não funciona como entretenimento. É ruim demais. Uma pena.


 

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