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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'O Homem nas Trevas 2' repete bons feitos do primeiro filme


O Homem nas Trevas chegou aos cinemas, em 2016, sem muita expectativa -- afinal, tinha um elenco não muito conhecido e uma produção barata para os padrões da Sony Pictures. No entanto, surpreendeu. Foi bem de bilheteria, crítica elogiou. Com isso, cinco anos depois, a história do homem cego (Stephen Lang) de força quase sobrenatural ganha um novo capítulo.


Em O Homem nas Trevas 2, Lang vive com seu cachorro Shadow e a garotinha Phoenix (Madelyn Grace). Ele a trata como filha, apesar disso não ter sido sequer explorado no longa-metragem anterior. A harmonia dessa curiosa família de dois acaba, porém, quando invasores perigosos e com objetivos obscuros surgem na casa. Matam o cão, agridem Lang e vão atrás da menina.


A partir daí, se repete uma história extremamente similar ao que vimos no primeiro filme: o personagem de Lang batendo e apanhando, como se tivesse os sentidos de uma aranha ou coisa do tipo, numa busca por sobrevivência. No entanto, ao contrário do primeiro longa, não é exatamente ele quem dá o bote. Ele corre atrás para sobreviver e fazer a filha passar ilesa.

Quem gostou do clima do primeiro filme, certamente vai gostar do que vê por aqui. Afinal, ainda que o estreante Rodo Sayagues substitua Fede Alvarez na direção, continua tudo "em casa". Sayagues não só produziu o primeiro filme, como também criou os personagens e escreveu o roteiro ao lado de Alvarez. Ou seja: há domínio pleno da história que está sendo ali contada.


Há bastante violência, momentos tensos, uma ambientação interessante. Salta aos olhos o trabalho de fotografia do uruguaio Pedro Luque (Extinção), que consegue extrair alguns momentos realmente bem trabalhados enquanto brinca com as sombras e a escuridão das cenas. Fazia tempo que não via um filme de ação/suspense tão bem trabalhado nesse sentido.


Lang está correto em cima, novamente mostrando um preparo físico acima da média em cenas que exigem. Madelyn Grace segue o mesmo caminho. Pena que o roteiro de Alvarez e Sayagues não acompanhe o ritmo da história e a capacidade das atuações: é fraco e um tanto quanto vergonhoso em alguns momentos, frases feitas. Dá para adivinhar diálogos antes de acontecer.


Dessa maneira, O Homem nas Trevas 2 é um longa-metragem certeiro para se divertir. Quem não gosta de violência ou que prefere filmes com um roteiro mais afiado, vai se decepcionar -- é melhor passar longe, inclusive. Mas, de resto, funciona bem. E confesso que ficou uma pontinha de vontade, com a conclusão do longa-metragem, para saber como a saga vai continuar.

 

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