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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas' é filme simpático e genérico


Parece que estamos em época de filmes de looping temporal. Estilo narrativo consagrado com Feitiço do Tempo, a "prisão temporal" ganhou sobrevida com a ficção científica com No Limite do Amanhã, de 2014, e parece que voltou a ter a narrativa leve esperada desses filmes com Palm Springs. Agora, ganha a simpática roupagem teen com O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas.


Dirigido Ian Samuels (Sierra Burgess é uma Loser), o longa-metragem começa a acompanhar o jovem Mark (Kyle Allen), um rapaz que está preso no tempo -- assim como Bill Murray no Dia da Marmota. Nós, espectadores, não vemos o momento que essa quebra temporal acontece. No início do filme, Mark já está acostumado com sua rotina repetitiva e parece levar isso numa boa.


As coisas mudam, porém, quando Margaret (Kathryn Newton) surge em sua vida. Ela é uma garota também presa no tempo. Os dois se reconhecem dentro de suas limitações temporais e espaciais. E é aí que engatam um romance dentro das limitações divertidas e inusitadas de viver em um looping temporal. Aproveitam as mesmices, quebram a rotina das repetições.

É simpático ver a química de Newton (Freaky) e Allen (American Horror Story). Os dois "encaixam" dentro do que o roteiro limitado tem a oferecer. A busca deles pela graciosidade do dia a dia é o motivador principal da narrativa e que traz um diferencial de fato -- afinal, nem mesmo Palm Springs apostou nessa ideia, mesmo seguindo um caminho óbvio da comédia.


Samuels não é um diretor com grandes artifícios de roteiro, tampouco consegue dar um gás na história para torná-la realmente especial. Ele aposta no arroz com feijão, sem grandes surpresas, fincando o longa-metragem num espaço triste entre o óbvio e o banal. O que salva, novamente, é a química dos atores e a beleza da história -- que pode extrapolar boas metáforas.


Enfim: O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas é um filme bonitinho. Não vai mudar a vida de ninguém, mais vai deixar o dia mais leve. Mais agradável. Não é o melhor filme de looping temporal da história do cinema, tampouco é um dos melhores romances adolescentes desses últimos tempos. Mas tudo bem. Amazon Prime Vídeo acertou nessa. Cumpre o que promete.

 
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