Que belezinha é Pluft: O Fantasminha, longa-metragem nacional que chega aos cinemas nesta quinta, 21. Dirigido por Rosane Svartman (Tainá: A Origem), o filme conta a história escrita por Maria Clara Machado e sucesso há décadas no teatro: um fantasminha (Pluft, vivido por Nicolas Cruz) que morre de medo de pessoas. No entanto, tudo muda quando ele se depara com Mirabel (Lola Belli), uma garotinha sequestrada pelo malvado Pirata da Perna de Pau (Juliano Cazarré).
É um filme honradamente ingênuo, que não traz invencionices e exageros. Focado nas crianças bem pequenas, o longa-metragem traz um tom lúdico típico de histórias clássicas, com mensagens bem definidas -- aqui, no caso, aceitar os diferentes e o poder da amizade. A trilha sonora, com uma deliciosa música de Frejat, dá ainda mais o tom da produção. Em tempos em que tudo é questionado, Pluft: O Fantasminha acerta e mostra que simplicidade funciona.
Em termos de atuação, nada que vá incomodar as crianças -- as interpretações repletas de trejeitos e muito divertida de Cazarré e de Fabíola Nascimento, a mãe de Pluft, aumentam ainda mais o tom lúdico da coisa. Lola Belli mostra que é uma estrela de verdade, entrando com profundidade em uma Maribel mais contemporânea. Ela não é mais tão passiva quanto no texto original, mas é forte, tem as próprias convicções e não fica apenas vendo a vida passar.
O mais legal, porém, é como Pluft: O Fantasminha não tem medo de assumir riscos -- não narrativos, mas técnicos. Para dar mais "verdade" ao fantasminha protagonista, as cenas deles flutuando no ar foram gravadas debaixo d'água. Ainda que tenha erros aqui e ali, como as bolhas de ar que sobem aqui e ali no cabelo, traz realmente mais fluidez, sem exagero de efeitos visuais. O 3D, ainda que visto duas vezes em toda a trama, funciona e agrada os pequenos.
Com isso, Pluft: O Fantasminha é um bom filme infantil. Ainda que bastante simples em termos de narrativa, é feito com competência, cuidado e carinho. Tudo isso é visível na tela e agradável para quem está buscando algo ingênuo para não se estressar. Um filme leve, divertido e com uma boa mensagem, que vale a pena para quem gosta de passar um tempo agradável nos cinemas, seja com filhos, netos ou até sozinho, sem se preocupar com o que vai passar na tela.
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