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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Predadores Assassinos' é galhofa divertidíssima


Desde o clássico Tubarão, de Steven Spielberg, animais monstruosos e assassinos tomaram conta das telonas. Já são dezenas de tubarões (Sharknado, Medo Profundo, Mega Tubarão), insetos (Aracnofobia, O Ataque dos Vermes Malditos) e, é claro, répteis (Godzilla, Jurassic Park, Rampage). Agora, mais um filme chega aos cinemas para engrossar essa última lista: é Predadores Assassinos, longa-metragem que transita entre o suspense, o horror e a comédia pra mostrar os jacarés assassinos.

Na trama, dirigida por Alexandre Aja (do bizarro Piranha 3D e do fraco A Nona Vida de Louis Drax), um furacão chega com violência até o estado da Flórida, nos Estados Unidos. Haley (Kaya Scodelario), uma garota que tenta levar a natação como profissão, fica preocupada com o pai (Barry Pepper), que não responde os telefonemas e está na rota da tempestade. É nessa busca desenfreada que ela dá de cara com jacarés gigantes e assassinos, vindos de algum lago da região direto para o porão da casa da família.

A trama de Predadores Assassinos possui todos os clichês e obviedades do gênero, instituídos por Spielberg lá nos anos 1980. Os movimentos de câmera, a música, a forma de retratar os bichos fora da água. Tudo comandado por Aja caminha em terreno seguro e sem muitas pretensões de ser original. Até o jacaré lembra o colosso apresentado no bizarro Rampage, com Dwayne Johnson. É, de fato, um filme que já parece ter passado nos cinemas. Toda hora vem a sensação de que é algo já visto por aí

A relação entre a personagem de Kaya Scodelario (Maze Runner) e Barry Pepper (O Resgate do Soldado Ryan) também é mais velha do que andar pra frente. A forma como ela se conduz não apresenta surpresa alguma. Ah, e ainda tem a simpática cachorrinha Sugar (Cso-Cso), que rouba a cena e representa aquele velho artifício de sempre: se preocupar com os humanos para que o animalzinho fique bem. Confesso que funciona.

Ou seja: no âmbito do roteiro, escrito pelos irmãos Michael e Shawn Rasmussen (Aterrorizada), nada de novo, nada de incrível. Sempre o mais do mesmo, sem surpresa.

O filme acaba ganhando pontos, afinal, pela boa direção de Alexandre Aja e pela mão de Sam Raimi (de O Homem nas Trevas), que entra como produtos. Com um tom sombrio e que causa uma tensão natural, Predadores Assassinos surpreende pela boa transição entre gêneros. Há momentos realmente assustadores, que fazem pular da cadeira com alguns jumpscares bem encaixados, e outros de comédia inevitável -- uma cena envolvendo uma arma e outra com o jacaré girando são absolutamente impagáveis.

Dessa maneira, você chega ao final do filme com um sorriso na boca. Está longe de ser uma experiência transformadora como foi Tubarão, por exemplo. É, na verdade, mais um daqueles filmes que valem pelas boas risadas que você dá na sala com o grupo de amigos. Daqui algum tempo, porém, vai ser mais um longa-metragem esquecido na memória das pessoas, que já estarão se divertindo com o tubarão gigante da vez.

 

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