Já vou deixando claro logo de cara: não sou cristão. Pelo contrário. Tenho dúvidas sobre a existência de algo além disso que vivemos, me declarando agnóstico. Assim, geralmente, não sou um grande fã de produções cristãs, que pegam pesado na temática religiosa. Deus Não Está Morto está entre piores filmes da vida, por exemplo. Mas Quando o Sol se Põe me surpreendeu.
Produção brasileira que chegou nesta quarta-feira, 22, ao catálogo do serviço de streaming da Netflix, o longa-metragem de Fábio Faria (de Um Lugar para Ser Feliz) conta a história de uma banda gospel que precisa encontrar um novo vocalista. Afinal, precisam participar de um festival de música. Aí eis que surge Jeny (Priscilla Alcântara, ex-apresentadora do Bom Dia e Cia.).
Simples e direto ao ponto, percebe-se que esta é uma produção independente. Não há grandes reviravoltas de roteiro, grandes momentos de atuação ou algum momento realmente marcante. No entanto, ainda assim, Quando o Sol se Põe brilha nas entrelinhas, nos pequenos momentos. Não é grandioso, mas se firma como uma boa iniciativa de uma produção jovem cristã.
Ainda que idealize demais os jovens envolvidos em uma banda gospel, é interessante notar, observar e acompanhar a jornada dessa banda com a nova vocalista e com seus sonhos. Há um ou outro momento piegas, mas tudo bem. A história já é conhecida, mas é confortável. Gostosa de assistir sem grandes pretensões, apenas viajando em suas boas e divertidas previsibilidades.
As músicas também devem agradar os fãs tradicionais de gospel -- eu, que não sou fã do gênero, achei apenas aceitável. Capaz que uma ou outra canção acabe fazendo sucesso por aí.
Enfim, Quando o Sol se Põe é um filme bonitinho, emocionante e que deve agradar, principalmente, o público cristão. Mas outras pessoas que buscarem uma história nacional simpática, sem grandes momentos, apenas para passar o tempo, também deve encontrar certo reconforto. Um filme para assistir e sair, pelo menos, um pouquinho mais leve.
Olá, Matheus Mans! Tudo bem? Passando aqui para o parabenizar por sua postura sucinta, empática e coesa, referente a sua crítica feita ao filme "Quando o Sol se Põe", você foi/é maravilhoso! Abraço