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  • Foto do escritorJoão Pedro Yazaki

Crítica: 'Yara' é suspense genérico e raso da Netflix

Atualizado: 11 de jan. de 2022


Baseado em uma história real, Yara, filme de Marco Tullio Giordana, explora a investigação por trás do assassinato de Yara Gambirasio, uma menina de apenas 13 anos na pequena cidade de Brembate di Sopra, na Itália. Acompanhamos de perto as decisões polêmicas tomadas pela investigadora que comanda o caso, Letizia Ruggeri, que tomaram proporções maiores do que se imaginava. O longa-metragem italiano estreou na Netflix nesta sexta-feira, dia 5 de novembro.


Na primeira cena, já vemos o corpo de Yara ser encontrado em um local isolado da cidade, e a detetive Ruggeri contando à família a trágica notícia. Em seguida, o filme volta 3 meses, alguns dias antes do desaparecimento, para que a gente possa conhecer melhor quem era Yara, o que ela gostava de fazer, quem era sua família e como ela desapareceu. Após isso, acompanhamos a investigação de Letizia Ruggeri e sua busca desenfreada pelo assassino.


O enredo segue a linha de raciocínio mais comum de se ver no gênero de suspense. Embora seja baseada em fatos reais, a história não se aventura em ir além dos acontecimentos centrais. Em apenas 1 hora e meia de duração, o filme não trabalha seus personagens centrais. Não dá tempo de se apegar a Yara, tampouco por sua família. A personalidade da garota é resumida em simples frases em uma ou outra cena, e só vemos no começo o sofrimento da família.


Ao invés de retratar uma perspectiva familiar, o filme foca na personagem de Letizia Ruggeri e sua trajetória no caso, do início ao fim. De fato, o mais intrigante na história é descobrir o assassino. Por mais que a investigação seja mostrada de forma simples, sem reviravoltas ou momentos intensos, nos sentimos presos à ela. Apesar disso, o roteiro medíocre, a direção sem charme e a falta de carisma dos personagens faz com que o filme se sustente apenas pela curiosidade, nada mais.


Portanto, Yara é um filme que carece de tudo. Não tem emoção, profundidade, desenvolvimento. Nem mesmo a clássica reviravolta de suspense para um impacto maior para a história. O único motivo para assistir até o final é a simples curiosidade de saber o que acontece no fim, e só.

 

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