
Realizado nos Países Baixos, o Festival de Roterdã nunca esteve tão verde-e-amarelo. Afinal, três filmes com DNA brasileiro foram anunciados na programação de exibição do evento, que chega à sua 49ª edição em janeiro de 2020 com Mosquito, Desterro e Um Animal Amarelo.
Dirigido por João Nuno Pinto, Mosquito foi selecionado para o Big Screen Competition 2020 - filmes de abertura - do Festival International de Cinema de Roterdã. Na trama, o jovem português aventureiro Zacarias é enviado para Moçambique durante a Primeira Guerra Mundial.
No entanto, o jovem soldado é deixado para trás pelo seu pelotão, partindo numa longa caminhada selva adentro, em busca dos seus camaradas, da guerra e dos seus sonhos de glória.
O filme é uma produção da Leopardo Filmes em co-produção da Alfama Films Production, APM Produções, Mapiko Filmes e da brasileira Delicatessen Filmes, empresa que atua no mercado de audiovisual e que, a partir deste ano, passou a investir em produções para o cinema nacional.

Já Maria Clara Escobar escreveu e dirigiu o longa-metragem Desterro, sua primeira ficção, selecionada para o Tiger Awards Competition. O filme acompanha Laura (Carla Kinzo), mulher que vive um desencaixe interno e que, ao mesmo tempo, se vê em desencontro com outros.
"Desterro é esse embate, essa falha. Penso que o próprio gesto de fazer um filme é sempre um pouco isso, se elaborar um desejo, pensar em imagens e nunca conseguir exatamente realizar aquilo, realizar outra coisa. Pensar o cinema e os modos de visibilidade a partir da ideia do descompasso é para mim a única forma de pensar o cinema", explica Maria Clara Escobar.
Por fim, Um Animal Amarelo, de Felipe Bragança, é uma parceria entre Brasil e Portugal que conta a história de Fernando (Higor Campagnaro). Ele é um cineasta sem dinheiro que decide abandonar a vida no Brasil e se mudar para Moçambique, em busca de mais oportunidades.
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