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  • Foto do escritorEsquina da Cultura

Oscar 2020: quais devem ser os vencedores da premiação?


Em 2019, o Oscar surpreendeu. Roma era o favorito na maioria das apostas, mas acabou perdendo para o insosso Green Book. Enquanto isso, Glenn Close perdeu seu merecido Oscar para Olívia Colman. Neste ano de 2020, porém, a premiação parece mais certeira. Nos prêmios principais, os favoritos fizeram a limpa nas principais e maiores premiações do setor.


Mas será que o Oscar será tão óbvio assim? Será que não teremos surpresas, zebras? É isso que eu, Amilton Pinheiro e Bárbara Zago tentamos prever em nossas já tradicionais apostas. Nos baseamos, principalmente, nos prêmios entregues pelos sindicatos, que previram com exatidão desconcertante os vencedores dos últimos Oscar -- abaixo, confira a tabela de probabilidade:

Levantamento feito por Amilton Pinheiro

O fato é que algumas categorias continuam enigmáticas -- principalmente os curtas, neste ano, e documentário. E isso, de certa forma, dá um sabor diferenciado para quem aproveitou a temporada de premiações. Enfim. Façam suas apostas, cruzem os dedos, joguem em bolões e prepare a pipoca. O Oscar está chegando. E, de alguma maneira, pode ficar marcado na História.

Matheus Mans: Categoria estranha. Afinal, parece estar mais óbvio do que nos últimos cinco anos. 1917, de Sam Mendes, é o franco favorito da disputa. Mas Parasita vem colado.


Amilton Pinheiro: Com os prêmios dos Sindicatos dos Produtores (PGA), do BAFTA e do Globo de Ouro (Categoria: Filme Drama), é quase nula a possibilidade de 1917, de Sam Mendes, não ganhar. É um dos prêmios mais certos do Oscar deste ano. Diferente de Roma, no ano passado, 1917 não tem nenhum longa, dos oito que concorrem com ele, que o ameace. Pesa muito a favor a qualidade técnica do filme; a criatividade na montagem, com o falso plano-sequência; a história de Guerra, baseado na vida do avô do diretor; e, principalmente, por ser um filme feito pela indústria de cinema, que rivaliza com o poderio das produções da Netflix dos últimos anos.


Bárbara Zago: Com inúmeros premiações que antecedem o Oscar, como o Globo de Ouro e BAFTA, 1917, de Sam Mendes, é uma obra prima em termos de técnica, além de ter uma história que cativa o espectador. O fato de ter sido filmado em plano sequência, com poucos cortes quase imperceptíveis, já deve lhe garantir a estatueta.

Matheus Mans: Que me perdoem os concorrentes, mas a estatueta deveria ser de Greta Gerwig por Adoráveis Mulheres. Como não está concorrendo, deve cair nas mãos de Sam Mendes.


Amilton Pinheiro: Outra categoria previsível; já que o diretor, assim como o filme, ganhou os principais prêmio da indústria de cinema dos EUA e o BAFTA, da Inglaterra. Caso o filme não ganhe na categoria principal, por algum motivo, ninguém tira a estatueta das mãos de Sam Mendes, o cineasta que já venceu o Oscar de direção por Beleza Americana. Não perde para ninguém. Nem mesmo para Martin Scorsese, nome respeitado em todo mundo, que veio com um dos seus melhores filmes nos últimos anos O Irlandês, produção da Netflix. Sam Mendes retornando ao Oscar depois do prêmio por Beleza Americana, em 2000, mesmo que depois tenha feito algumas coisas interessantes, como Estrada Para Perdição e Foi Apenas Um Sonho.


Bárbara Zago: A maneira como 1917 foi filmado é impecável, contendo cenas que parecem quase impossíveis de serem dirigidas. A intensidade e o cuidado com que este trabalho foi feito faz com que Sam Mendes, diretor de Beleza Americana, mereça o prêmio mais do que qualquer outro na categoria.

Matheus Mans: Joaquin Phoenix fez a limpa nas premiações que passou por seu papel em Coringa. Adam Driver perdeu força, assim como DiCaprio. Só resta Banderas para batê-lo.


Amilton Pinheiro: Um ator respeitado por sua facilidade em interpretar personagens desajustados e por seus discursos críticos, como o que fez recentemente na premiação do BAFTA, Joaquin Phoenix chega ao Oscar como favoritíssimo por sua interpretação descomunal do arqui-inimigo do Batman, Coringa, no filme homônimo de Todd Phillips. Ele tece todas as camadas sombrias do personagem com precisão cirúrgica, se equilibrando na corda-bamba da caricatura intrínseca ao Coringa, e conseguindo a proeza de tornar compreensíveis as suas vilanias, mesmo que discordemos delas. É a quarta indicação do ator, que concorreu por Gladiador (2001), na categoria de coadjuvante, e duas como principal; em Johnny & June, (2006), numa bela interpretação de cantor Johnny Cash; e no filme de Paul Thomas Anderson, O Mestre (2015). Vale lembrar que o prêmio para Phoenix será mais valorizado por conta dos trabalhos excelentes dos outros concorrentes, como Antonio Bandeiras, na sua primeira indicação, em Dor e Glória; Jonathan Pryce, em Dois Papas; e Adam Driver em História de Um Casamento.


Bárbara Zago: Sinto que Joaquin Phoenix fascinou o público com a sua interpretação do Coringa da mesma maneira que Rami Malek o fez com Freddie Mercury em Bohemian Rhapsody. Sua altíssima bilheteria e permanência de meses em cartaz se devem ao trabalho impecável de Joaquin Phoenix. O Coringa é sombrio, perturbado, mas mais do que isso: é humano.

Matheus Mans: Infelizmente, Renée Zellweger já deve estar limpando a prateleira por seu papel em Judy. A jovem Saoirse Ronan, por Adoráveis Mulheres, merecia mais o prêmio.


Amilton Pinheiro: O trabalho da atriz Renée Zellweger chamou a atenção da Academia por ser uma cinebiografia. É algo que os votantes adoram indicar, ainda mais sendo sobre Judy Garland, um dos grandes ícones do Hollywood e a eterna Dorothy do clássico O Mágico de Oz. Além disso, há a transformação física da protagonista, que interpreta Judy decadente no finalzinho da vida. Renée se tornou conhecida do grande público no filme Jerry Maguire: A Grande Virada (1996), ao lado de Tom Cruise. Naquele filme, ela, que nunca foi uma grande atriz, não tinha adquirido ainda as caras e bocas forçadas e os maneirismos nos papéis em que interpretaria no decorrer da carreira, com raríssimas exceções, como na pele da escritora Beatrix Potter em Miss Potter. Mesmo tendo um Oscar de Atriz Coadjuvante por Cold Mountain, de Anthony Minghella, Renée não convence como uma fazendeira rude, deixando aflorar seus maneirismos. Quem merecia ganhar nessa categoria era Charlize Theron pela surpreendente composição no filme O Escândalo. Mas a Academia gosta de retornos bem sucedidos, como o de Renée em Judy.


Bárbara Zago: Ainda que minha torcida seja para Saoirse Ronan por mera questão afetiva, a maneira como Renée Zellweger interpretou a fase melancólica de Judy Garland de maneira brilhante, dando força à um filme mediano. Você se esquece que existe uma atriz ali, especialmente na última cena do filme, em que é difícil não se emocionar.

Matheus Mans: Não tem discussão. O prêmio é de Laura Dern por História de um Casamento. Florence Pugh e Scarlett Johansson, porém, correm por fora por seus bons papéis.


Amilton Pinheiro: Filha dos atores Bruce Dern e Diane Ladd, Laura Dern já concorreu duas vezes ao Oscar. Mas nunca foi tão favorita como é agora em História de Um Casamento, já tendo faturado os principais prêmios da temporada, como o Globo de Ouro, BAFTA e o SAG. Uma atriz que imprime muita verdade aos personagens que interpreta, grande parte coadjuvantes, ela finalmente será reconhecida pela Academia.


Bárbara Zago: Aposta baseada totalmente em outras premiações, pois verdadeiramente não acho que Laura Dern seja a melhor dentre as concorrentes, mesmo que sua atuação no filme esteja boa. Florence Pugh me surpreendeu e marcou bem mais em Adoráveis Mulheres do que Dern foi capaz em História de Um Casamento.

Matheus Mans: Não vejo a hora que Brad Pitt suba naquele palco para fazer suas já tradicionais piadas pelo prêmio por Era Uma Vez em... Hollywood. Joe Pesci, porém, pode surpreender.


Amilton Pinheiro: O eterno galã e muito bom ator, Brad Pitt, que já concorreu ao Oscar outras vezes, é a melhor coisa do filme Era Uma Vez... em Hollywood, de Quentin Tarantino. Uma categoria que tem concorrentes do naipe de Al Pacino e Joe Pesci, ambos por O Irlandês; Tom Hanks por Um Lindo Dia na Vizinhança; e Anthony Hopkins por Dois Papas, será ainda melhor testemunhar a vitória de Brad Pitt, ironicamente engraçado na pele de um dublê de um ator canastrão, vivido por Leonardo DiCaprio. Pitt ganhou quase todos os prêmios da temporada, como o Globo de Ouro, BAFTA e o do Sindicato dos Atores.


Bárbara Zago: Particularmente, não sou fã de Tarantino, ainda que reconheça sua maestria. Por causa disso, foi uma surpresa bastante, positiva por sinal, ter gostado tanto de Era Uma Vez... em Hollywood. O engraçado é que mesmo com um elenco de peso - Leonardo Dicaprio, Margot Robbie e Al Pacino - quem rouba a cena é Brad Pitt. A maneira como ele pôde entrar e se debruçar no papel lhe garante o prêmio.

Matheus Mans: Categoria complicada. Era Uma Vez em... Hollywood, com Quentin Tarantino, era o franco favorito. Mas Parasita ganhou força recentemente. Aposta ainda, porém, em Tarantino.


Amilton Pinheiro: Mesmo enfrentando o diretor Quentin Tarantino, roteirista de Era Uma Vez... em Hollywood, um dos filmes mais aclamados pela crítica e público do ano passado, Parasita, de Bong Joon-ho, deve levar Melhor Roteiro Original -- além de ser favorito em Filme Internacional.


Bárbara Zago: Tarantino retratou a época de ouro de Hollywood de maneira extremamente realista em Era Uma Vez em... Hollywood, o que deve agradar os membros da Academia. Mais do que isso, a maneira como recria os eventos que aconteceram por conta de Charles Manson e faz uma homenagem à Sharon Tate é brilhante.

Matheus Mans: Se Adoráveis Mulheres não vencer na categoria, não há justiça no mundo. Porém, é uma pena, Jojo Rabbit parece estar vindo com força total para abocanhar o prêmio.


Amilton Pinheiro: Uma categoria com fortes concorrentes, e um certo favoritismo de Jojo Rabbit, de Taika Waititi. No entanto, Dois Papas, que concorre em mais duas categorias, merecia ter sido indicado como Melhor Filme e também pela direção segura do brasileiro Fernando Meirelles. Se ganhar, será um reconhecimento pela excelência do próprio roteiro, com diálogos bem construídos e inteligentes, belas atuações e uma direção precisa e segura de Meirelles.


Bárbara Zago: Adaptação de um romance clássico da literatura norte-americana, o que Greta Gerwig fez ao recriar Adoráveis Mulheres é uma obra-prima. A história é forte, as personagens são ousadas e a mensagem é explícita. A releitura feita aqui é de se admirar. E é o mínimo que a Academia deveria fazer depois do absurdo de não indicar Greta como melhor diretora.

Matheus Mans: Não quero criar polêmicas. Mas acho Honeyland muito melhor do que qualquer um de seus competidores. Só que não tem pra ninguém. O prêmio será do coreano Parasita.


Amilton Pinheiro: Uma categoria que merece sempre todas as atenções, por trazer grandes filmes fora da Indústria de Hollywood. Cinco concorrentes de peso, sendo o melhor o surpreendente e terno Honeyland, representante da Macedônia, que também concorre na categoria de Melhor Documentário. No entanto, quem deve vencer é a grande sensação do cinema mundial no ano passado, o coreano Parasita, de Bong Joon-ho (Expresso do Amanhã).


Bárbara Zago: Não tem como discordar de que Parasita é uma obra prima. A ideia e a mensagem do longa saem completamente da caixinha e entregam um filme sensacional.

Matheus Mans: Categoria totalmente embolada. Frozen II era o franco favorito, nem foi indicado. Hoje, a coisa está dividida entre Toy Story 4, Link Perdido e Klaus. Aposto no último.


Amilton Pinheiro: A produção da Netflix, Klaus, pode desbancar as animações de franquia e de sucessos, como: Como Treinar Seu Dragão 3 e Toy Story 4.


Bárbara Zago: Toy Story 4 e Link Perdido ainda podem surpreender, numa categoria repleta de filmes medianos. No entanto, o bonitinho Klaus, da Netflix, é o franco favorito.

Matheus Mans: A meu ver, os melhores filmes do Oscar 2020 estão aqui. Indústria Americana e For Sama estão pau a pau. Mas acredito que o filme sobre a guerra da Síria vai se dar melhor.


Amilton Pinheiro: É difícil ter que escolher um filme nessa categoria que não seja Democracia em Vertigem, de Petra Costa, o documentário brasileiro que conseguiu a proeza de figurar numa lista com longas com temas muito importantes e pertinentes. Apesar do favoritismo de Indústria Americana, de Steven, Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert, será muito injusto se Honeyland, que também concorre na categoria de Filme Internacional, não ganhar. Sei da importância de Democracia em Vertigem ganhar, e até torço para que vença, mas é quase impossível a vitória. Além de Honeyland e Industria Americana, que tem o casal Obama um dos produtores, estão na corrida ainda os retratos pungentes e tristes For Sama e The Cave.


Bárbara Zago: Não vou mentir que dá um certo aperto no coração apostar em outro filme que senão Democracia em Vertigem pelo simples fato de este ser a representação do Brasil no Oscar. Porém o filme Indústria Americana, produzido por Barack e Michelle Obama, deve agradar os votantes da Academia, além de já ter levado inúmeros prêmios até agora.

Matheus Mans: Muitas pessoas, nos últimos dias, começaram a apontar para Parasita como o grande favorito. Mas vou bater o pé. Acho que Era uma Vez em... Hollywood fatura o prêmio.


Amilton Pinheiro: O diretor Quentin Tarantino é um mestre em orquestrar as pessoas que trabalham com ele, tirando dos atores e técnicos envolvidos, mesmo que derrape no resultado final, o melhor possível. É o que acontece com a direção de arte de Era Uma Vez em... Hollywood que consegue remontar uma Los Angeles, do final dos anos 1960, psicodélica e extravagante, entre hippies, cores e aspirantes a atores. Na sombra de Era Uma Vez em Hollywood, os tons sombrios da Primeira Guerra Mundial em 1917.


Bárbara Zago: Era Uma Vez... em Hollywood leva o espectador facilmente ao cenário de Los Angeles no final dos anos 60, com um senso estético apurado e uma precisão admirável.

Matheus Mans: Por ser de época, e ter vestidos frondosos, Adoráveis Mulheres permanece como favorito. Mas acredito que Era Uma Vez em... Hollywood corre com força por fora.


Amilton Pinheiro: No passado, geralmente filmes de época levavam vantagem em duas categorias: Melhor Direção de Arte e Figurino, mas a Academia vem mudando as preferências, o que pode tirar o prêmio do requintado figurinos de Adoráveis Mulheres.


Bárbara Zago: Adoráveis Mulheres é um dos meus favoritos da temporada, pela beleza externa e interna que o filme apresenta. Os figurinos de época são, inclusive, um dos seus pontos altos.

Matheus Mans: Daquelas categorias que não sobra uma fagulha de dúvida. O Escândalo, sem dúvida alguma, vai levar o prêmio. Quer arriscar? Coringa é o único vivo na competição.


Amilton Pinheiro: Finalmente a Academia de Hollywood decide, assim como as outras categorias, colocar cinco finalistas na lista de Melhor Maquiagem e Cabelo, ficava sem sentido uma lista com três candidatos somente. Entre os finalistas, o trabalho de maquiagem e cabelo feito com as atrizes, principalmente, e os atores, do filme O Escândalo, é excepcional, com destaque para uma Charlize Theron irreconhecível.


Bárbara Zago: O Escândalo já acumulou prêmios dentro desta categoria, indicando uma provável vitória no Oscar também. A mudança de Charlize Theron e sua semelhança com a repórter Megyn Kelly são de impressionar.

Matheus Mans: O trabalho de Roger Deakins em 1917 é exemplar -- ele, aliás, deveria dividir o título de diretor do filme. Não há nenhum outro na categoria páreo para o cinegrafista.


Amilton Pinheiro: São cinco fortes candidatos nessa categoria, com trabalhos excelentes de fotografia nos filmes O Farol, Era Uma Vez em Hollywood, Coringa e O Irlandês, mas diante do palco de horror de uma guerra e da força do mais forte candidato aos prêmios principais do Oscar, 1917, deve levar a estatueta para casa, mesmo sendo inferior ao trabalho intocável de fotografia de O Farol.


Bárbara Zago: Um filme bem executado quase todo em plano sequência, 1917 é uma obra de arte em termos técnicos.

Matheus Mans: Outra categorias um pouco enrolada. Ford vs Ferrari, afinal, é o franco favorito. Mas Parasita começou a levar os principais prêmios do setor. Após no filme de corrida.


Amilton Pinheiro: Mesmo figurando entre os nove longas indicados na categoria de Melhor Filme, Ford vs Ferrari não emplacou o seu diretor, James Mangold, e tampouco a dupla de protagonistas, Christian Bale e Matt Damon, nas indicações do Oscar. É na edição do filme que Ford vs Ferrari tem seu ponto mais alto, o que pode ajudar a vencer numa categoria que tem Coringa, O Irlandês Parasita e Jojo Rabbit.


Bárbara Zago: Ainda que sinta que Parasita vai levar, pela dificuldade em misturar gêneros num único filme, aposto em Ford vs Ferrari. A corrida de carros deve fascinar os votantes.

Matheus Mans: Surpreendentemente, Vingadores: Ultimato parece carta fora do baralho. A briga, assim, está entre O Rei Leão e 1917. Com certa dor no coração, aposto no remake da Disney.


Amilton Pinheiro: Os três primeiros filmes da franquia “Star Wars” venceram na categoria efeitos visuais (especiais), o que não aconteceu com as sequências que posteriormente  foram realizadas. Mas isso se deu muito em função da avalanche de produções de super heróis e de outras ficções cientificas, tornando a categoria mais disputável. É a hora de a Academia voltar a prestigiar “o lado bom da força”, até pelo trabalho pioneiro dessa saga estelar. Mas Star Wars: A Ascensão Skywalker tem pela frente um filme de super heróis Vingadores: Ultimato, fortíssimo concorrente, além de O Rei Leão e 1917.


Bárbara Zago: Como disse anteriormente, 1917 é um primor técnico. E muito disso se deve aos efeitos visuais, que ajudam a criar a sensação de um longa-metragem quase sem cortes.

Matheus Mans: A Academia, de maneira alguma, vai perder a chance de premiar Elton John com seu (I'm Gonna) Love me Again, de Rocketman. Nenhum outro concorrente é páreo.

Amilton Pinheiro: O pop star Elton John conseguiu uma proeza: uma cinebiografia honesta e corajosa em Rocketman, além de uma música original para a produção, que já trazia parte dos seus grandes sucessos. Ele, juntamente com o seu letrista, Bernie Taupin, vão levar uma estatueta para casa. Será a terceira de Elton John, que fez a trilha sonora e a canção vencedora da animação O Rei Leão.


Bárbara Zago: Com músicas relativamente fracas na categoria, a estatueta deve ir à (I'm gonna) Love Me Again, de Rocketman. Afinal, quem não gosta de Elton John?

Matheus Mans: A islandesa Hildur Gudnadóttir deve estar preparando a celebração no seu pequeno país de origem. Sua trilha sonora em Coringa é a franca favorita da categoria.


Amilton Pinheiro: Numa categoria que tem o veterano John Williams, que fez a trilha de Star Wars: A Ascensão Skywalker, e o criativo Alexandre Desplat, responsável pela música em Adoráveis Mulheres, a vitória da musicista irlandesa Hildur Guönadóttir, por Coringa, valoriza mais ainda seu trabalho. Ela já venceu o Globo de Ouro e BAFTA.


Bárbara Zago: Lembro de ter saído do cinema após ver Coringa e imediatamente ir atrás de uma playlist com músicas do filme. O encaixe das canções com as cenas é uma harmonia perfeita, já que a trilha foi composta antes de filmar -- Phoenix dançou, de fato, ao som da trilha.

Matheus Mans: 1917 e Ford vs Ferrari estão mais do que empatados e é dificílimo arriscar em um. No entanto, acho que os filmes de guerra têm mais apelo. Por isso, vou com 1917.


Amilton Pinheiro: O filme 1917, além dos méritos de uma eficiente edição de som para captar e separar tantos barulhos caóticos vindos de front de uma batalha, a da Primeira Guerra Mundial, leva uma certa vantagens em relação aos outros fortes concorrentes por ser a produção do Oscar deste ano, o que prestigia as outras categorias.


Bárbara Zago: 1917 é um exemplo de filme para ser visto no cinema, em especial em salas XD e Imax. A perfeita edição de som permite com que o espectador sinta-se no próprio ambiente desesperador da guerra.

Matheus Mans: Assim como sua categoria "irmã", há um empate claro entre 1917 e Ford vs Ferrari. No entanto, acredito que, neste caso, o prêmio vai cair nas costas do filme de corrida.


Amilton Pinheiro: Levando em conta o mesmo raciocínio da categoria Edição de Som, que tem correlação com Mixagem de Som, a disputa deve ficar entre Ford vs Ferrari e 1917, que chega na disputa dos prêmios do Oscar com muita mais prestigio do que o seu outro concorrente.


Bárbara Zago: A dificuldade do trabalho de foley e de mixagem é perceptível para qualquer um em 1917. Por isso, considero o filme como favorito, apesar da força de Ford vs. Ferrari.

Matheus Mans: Infelizmente, os curtas -- nas três categorias em que concorrem -- vieram fracos esse ano. O sonolento Brotherhood deve ser o campeão. The Neighbor's Window vêm por fora.

Amilton Pinheiro: Luta de um pai para descobrir como um filho foi recrutado para participar de uma guerra na Tunísia, Brotherhood deve conquistar os votantes da Academia da categoria de Melhor Curta-Metragem.


Bárbara Zago: Vários competidores chatos, ao contrário de anos anteriores. Acredito que Saria e The Neighbor's Window são os francos favoritos. Aposto no último.

Matheus Mans: Muitos curtas chatos. Mémorable, Kitbull e Hair Love são os principais concorrentes. Acredito que o último, por ter boa mensagem e ser de grande estúdio, leva.


Amilton Pinheiro: Quem pode levar, numa categoria tão difícil de acerto, é Hair Love, animação que tem um selo de um grande estúdio por trás e uma história terna e edificante. 


Bárbara Zago: Hair Love é uma animação que em poucos minutos é capaz de produzir diferentes sentimentos no espectador: felicidade, tristeza, empatia. É um curta que, apesar da duração, consegue passar sua mensagem e cativar o público.

Matheus Mans: Life Overtakes Me é ruim. Walk Run Cha-Cha é esquecível. St. Louis Superman, ninguém viu. Sobra Learning to Skateboard e In The Absence. Acho que o primeiro ganha.


Amilton Pinheiro: As categorias de curta-metragem (ficção, documentário e animação) geralmente privilegiam a temática sem se preocupar com a forma e a estética, e temas edificantes e de superação costumam agradar mais aos votantes dessas categorias. Entre as histórias de superação e edificantes, tem Learning to Skateboard, sobre meninas afegãs que andam de skate numa sociedade machista (Afeganistão), que pouco espaço público e de esportes dá as mulheres.


Bárbara Zago: Aposto em The Absence, já que os outros transitam entre ruins e esquecíveis.

 
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