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  • Pedro Balciunas

Ranking: os 10 melhores filmes de James Bond


Ao longo de 56 anos, 6 atores e 24 filmes oficiais, é praticamente impossível que você não tenha assistido a nenhum filme de 007. Conectados – ou não – à realidade e cheio de controvérsias, como estereótipos para vilões e posturas machistas, a série de filmes de espionagem começa a produção de seu 25º filme e com o "retorno" Daniel Craig e direção do premiado Danny Boyle (Trainspotting, Quem quer ser um milionário?). 

Selecionei os 10 melhores filmes da franquia, por ordem cronológica e não por grau de importância para mim.

007 contra o satânico Dr. No (Terence Young, 1962)

A estreia de Bond no cinema é na verdade o terceiro livro que Ian Fleming escreveu sobre o espião. Sean Connery encarna o mais charmoso e a versão mais machista da franquia, com direito (absurdo) a mulheres curadas de ataques histéricos com tapas na cara.

Por que é bom: a história é bem amarrada e não deixa pontas soltas. Ou seja, poderia ou não ter uma continuação. O vilão, Dr. No, é brilhantemente interpretado por Joseph Wiseman, que apesar de ser inglês, fez papel de chinês. É cinema despretensioso, entretenimento puro.

007 contra Goldfinger (Guy Hamilton, 1964)

O melhor filme da era Connery e estreia de Guy Hamilton como diretor da franquia. A abertura é antológica e a música homônima de Shirley Bassey tornaram a sequência na marca registrada do filme. A bondgirl Jill Masterson afogada em ouro líquido tornou-se a cena clássica de toda a franquia – copiada inclusive em um filme da era Craig.

Por que é bom: a trama de Goldfinger é ao mesmo tempo mirabolante e possível de acontecer. Auric Goldfinger quer contaminar toda a reserva de ouro dos Estados Unidos para valorizar as suas próprias. Além disso, Pussy Galore, a outra bondgirl, é subliminarmente lésbica, com direito a um exército belas mulheres. Se por um lado é interessante, não significa que tenha sido sido prestado algum serviço à comunidade gay. Temos machismo nas cenas e a “cura” de Pussy por Bond. Fleming acreditava que a homossexualidade era uma doença, como podemos ver neste texto.

007 contra a chantagem atômica (Terence Young, 1965)

O roubo de bombas atômicas pelo icônico Emilio Largo é o fio condutor da história. Apesar de longa, a sequência de lutas submarinas é uma das maiores inovações para o cinema da época.

Por que é bom: Além das lutas citadas acima, é um dos filmes mais ingleses de James Bond. O caricato vilão – usuário de um tapa-olho – é dono de um piscina de tubarões para matar seus inimigos e seus capangas são sequencialmente abatidos pelos criativos apetrechos de Q (Desmond Llewlyn), como o carro que possui jatos de água pelo escapamento.

007 contra o homem com a pistola de ouro (Guy Hamilton, 1974)

Apesar do nome aberto a todo tipo de trocadilhos e duplo sentido, é uma das tramas mais loucas e divertidas de 007. Segundo filme de Roger Moore como Bond, que precisa recuperar um aparelho de captação de energia solar usado como arma.

Por que é bom: a era Moore foi marcada pela forte carga de humor, deboche e ironia do ator, presentes a todo momento neste filme. O vilão é ninguém menos que o charmoso Francisco Scaramanga, assassino de aluguel interpretado por Christopher Lee, residente numa ilha paradisíaca, cujo capanga é o anão Nick Nack (Hervé Villechaize, de A Ilha da Fantasia). Os embates de Bond e Scaramanga são estupendos, com destaque para a sequência da sala de espelhos.

007 contra o foguete da morte (Lewis Gilbert, 1979)

Pegando carona na febre espacial causada pelo sucesso de Star Wars, James Bond precisa salvar o planeta de uma higienização orquestrada pelo cientista Hugo Drax.

Por que é bom: é um dos filmes mais ousados e caricatos do espião, ainda interpretado por Roger Moore, com cenas gravadas no carnaval carioca. É aqui que temos a cena clássica do vilão Tubarão (o Dentes de aço) destruindo o cabo do bondinho do pão de açúcar com a força das mandíbulas – além das explosões sonoríssimas em estações espaciais e lutas no melhor estilo “sem gravidade”. É comédia pura.

007 – Marcado para a morte (John Glen, 1987)

Após 7 filmes com Roger Moore, o ator Timothy Dalton assume a missão em Marcado para a Morte. Ao contrário da era Moore, os filmes com Timothy Dalton (foram dois) iniciam o ciclo de histórias e desdobramentos mais realistas.

Por que é bom: o filme já começa bem graças a sequência de abertura cantada pela banda A-ha. Uma das melhores músicas de Bond. Além disso, temos uma trama madura envolvendo jogos duplos e deserção de russos da KGB. Dalton é a versão mais sóbria e ponderada de Bond. Sem dúvida, um dos melhores.

007 Contra GoldenEye (Martin Campbell, 1995)

Após um hiato de 6 anos, James Bond retorna sob a pele de Pierce Brosnan, em sua primeira vez como o espião. A era Brosnan é uma das mais diferentes, apresentando filmes dos mais diversos tipos, ora ótimos (como este), ora péssimos. As tramas de espionagem são retomadas com força, após vários deslizes durante os filmes das décadas de 70 e 80. A abertura, cantada por Tina Turner, é um divisor de água na série, unindo história, criatividade e qualidade.

Por que é bom: temos uma junção de fatores que tornam este 007 um dos melhores. A trama é empolgante do início ao fim e cheia de reviravoltas. Pierce Brosnan tornou-se um estereótipo de Bond tamanha a força de sua interpretação. Os vilões do filme também são potentes, interpretados por Famke Janssen (a Jean Grey da primeira trilogia de X-men) e por Sean Bean (o sempre lembrado Ned Stark de Game of Thrones). O grande medalhão do filme, porém, é Judi Dench como M, a chefe de Bond, até então feito somente por homens.

007 – O mundo não é o bastante (Michael Apted, 1999)

Último bom filme da era Brosnan, a trama gira em torno de um assassinato de um magnata do petróleo pelo terrorista chamado Renard, inimigo já conhecido do MI-6.

Por que é bom: essa é uma das tramas de Bond que mais surpreendem o espectador. Falando por cima, a estrutura lembra muito a de outro filme desta lista, Goldfinger, mas sem spoilers. Prepare-se para muitas cenas de perseguição, alianças inesperadas e traições surpreendentes.

007 – Cassino Royale (Martin Campbell, 2006)

Coincidentemente, o diretor Martin Campbell reinicia uma nova era Bond, agora com Daniel Craig. Cassino Royale é o retorno das retorno das histórias, ao menos minimamente, baseadas nos livros e contos de Ian Fleming.

Por que é bom: os filmes de Craig são elogiados pela carga de realidade que banham o espião. Bond apanha, se machuca, sangra, transpira e se apaixona durante o filme, o que lhe humaniza. Ao mesmo tempo, porém, temos uma versão mais violenta do espião, contraponto com todos os filmes até aqui feitos. Apesar disso, há um grande foco em jogos e blefes psicológicos.

007 – Operação Skyfall (Sam Mendes, 2012)

Espécie de comemoração dos 50 anos da franquia 007 no cinema, Skyfall é sem dúvida um dos melhores filmes do espião. Trama sombria e que liga todos os pontos abertos nos filmes anteriores de Craig como James Bond. A música tema, cantada por Adele, é a mais lembrada dos recentes filmes, lhe rendendo o Oscar de melhor canção original em 2013.

Por que é bom: a trama central lembra muito GoldenEye. História de vingança e redenção de espiões, contraste entre o dever ético de um agente para com o país e de quem foi traído por ele. Temos um aprofundamento na personalidade de Bond como ser humano e não mera máquina de matar do governo britânico. Além disso, o filme reconstrói e reinicia o cenário clássico de James Bond, que foi se reinventando ao longo do tempo até se perder.

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