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  • Foto do escritorMatheus Mans

Sequência de ‘Guerra do Velho’ expande universo de John Scalzi


Quando li o livro Guerra do Velho, de John Scalzi, não sabia muito bem o que iria encontrar. Afinal, resolvi mergulhar nas páginas dessa história por indicação de um amigo e decidi não pesquisar muito sobre o tema. E que surpresa! Como já falei numa outra resenha aqui no Esquina, o livro é uma delícia de ser lido e consegue mesclar ficção científica, ação e muita comédia sem exagerar na dose. Por isso, fui ler As Brigadas Fantasma extremamente feliz e animado.

Mas, confesso, foi um pouco decepcionante. Não que seja ruim, pelo contrário. No segundo volume desta nova franquia literária, John Scalzi mantém a escrita fluída e sem momentos de enrolação. Todas as tramas são interessantes e a mitologia que está sendo criada pelo autor norte-americano desperta o interesse de qualquer um que é fã de Star Trek, Star Wars e afins. Afinal, além das boas histórias individuais, Scalzi está construindo uma trama bem megalomaníaca.

Em As Brigadas Fantasma, ele expande esse universo. Ao invés de acompanharmos John Perry, o protagonista do primeiro livro, vemos oficiais das tropas que dão título à história e que estão passando por um momento delicado: três raças de alienígenas estão se unindo para exterminar os humanos do Universo. A partir daí, os oficiais das Brigadas Fantasma “clonam” um cientista traidor e tentam dar um jeito de impedir a aliança e o consequente extermínio.

A ideia, como já falei acima, é boa. Scalzi resolveu deixar a individualidade de Perry de lado e resolveu focar na história que se desenrola no universo. Personagens de outras raças de alienígenas, aliás, ganham destaque e são aprofundados -- um dos melhores momentos é o começo, quando Scalzi usa um alienígena para surpreender o leitor numa sacada narrativa genial. Além disso, é divertido ver as relações diplomáticas entre as espécies e como elas funcionam.

No entanto, com este novo foco, a franquia de Guerra do Velho perde a força inicial. Todo o humor visto no primeiro livro some. Aqui, com exceção de uma ou outra situação, tudo fica na superfície. Também não há mais aquele sentimento de descobrimento da história, o que é natural. Ainda assim, porém, o leitor sente a falta de elementos que causem algum tipo de deslumbramento. O sentimento é que As Brigadas Fantasma é apenas uma passagem para algo maior.

Por isso, ao final da história, fica forte o sentimento do desejo de continuidade. As Brigadas Fantasma, sem dúvidas, não serve para aplacar a ânsia dos fãs de ver novas histórias de John Perry e, agora, com o elemento de novas raças alienígenas. De novo, o livro não é ruim. Mas fica o sentimento de que falta algo e que não atingiu as expectativas. Agora, é só aguardar as continuações desta franquia que tem grande potencial e que, se Scalzi for esperto, não será desperdiçada.

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