O ano já passou da metade e o cenário geral do cinema já começa a se desenhar. Alguns destaques surpreenderam, como Dunkirk e Em Ritmo de Fuga, mas muitos decepcionaram com tramas fracas, atuações risíveis e um resultado que não fez jus ao que era esperado do filme.
O Esquina, então, selecionou oito filmes rodeados de expectativas, mas que frustraram a audiência quando chegaram aos cinemas. E se você tem algum filme que te deixou infeliz com o resultado, mas esperava algo bom, deixe nos comentários! Queremos saber o que você pensa.
E atenção: o Esquina selecionou filmes que chegaram ao Brasil em 2017. Se eles são de outros anos, mas não tinham sido lançados no País até então, continuamos a considerar como filmes de 2017.
Passageiros. Primeiro, quero deixar claro: não acho Passageiros tão ruim quanto falam por aí. Tem dezenas de problemas, mas é um filme que entretém e tem bons momentos. Este é, porém, o primeiro filme feito por Jennifer Lawrence e Chris Pratt depois que estouraram em Hollywood. Além disso, o filme erra no tom: ao invés de ser um grande suspense espacial, acaba ficando numa mistura de romance com drama que não vai à lugar algum. E o final é mais meloso do que deveria. Uma pena.
Assassin’s Creed. Adaptação do game de sucesso, Assassin’s Creed prometia reverter a má fama que dos jogos no cinema. Mas não deu. Mesmo com um elenco de peso, contando com Michael Fassbender e Marion Cotillard, o filme não foi pra frente e apresentou trama fraca e sem propósito. Além disso, a narrativa não agradou e fez com que o público não se interessasse pela trama. Faltou coragem, faltou ousadia e, por isso, o filme de Assassin’s Creed entra na lista do Esquina.
Beleza Oculta. Logo no primeiro trailer, o público ficou extasiado por Beleza Oculta. Muito emocionante, ele contava a história de um homem que tenta se recuperar emocionalmente após a perda da filha. Além disso, tinha um elenco estrelado com Will Smith, Kate Winslet, Edward Norton, Keira Knightley e Helen Mirren. No entanto, o resultado foi desastroso: com um roteiro piegas, cheio de frases de efeito, o filme não convenceu e, de tanto forçar a emoção, não fez cair uma lágrima da pequena audiência que foi aos cinemas. Mais um pra conta de desastres de Will Smith.
O Chamado 3. Não que O Chamado 3 tinha potencial para se tornar um novo clássico ou reinventar todo o gênero de terror. Pelo contrário. Todo mundo sabia que o filme poderia ser um desastre. No entanto, ainda assim, acreditei que o novo filme da saga da Samara poderia ajudar a reinventar toda a história da assombração. Não deu certo. A história é lotada de clichês e a tentativa de criar uma origem para a Samara foi um fiasco. No final do filme, o sentimento de que é hora de aposentar a assombração.
A Bela e a Fera. Não nego que o novo A Bela e a Fera é belíssimo. No entanto, ele tem um problema: não reinventa a história em nada, ao contrário do que fez Malévola e até mesmo o mediano Cinderela. A trama é a mesma da animação dos anos 1990 e não consegue trazer nada de novo. Até as músicas são reciclagens das versões originais, fazendo com que o espectador não se encante com nada de novo. Parece, apenas, um déja vù de algo que já foi assistido.
A Vigilante do Amanhã. O filme tinha tudo para dar certo. A história era baseada em um ótimo mangá japonês e tinha Scarlett Johansson como protagonista. A Vigilante do Amanhã se tornou um fiasco, no entanto. A história é arrastada, Scarlett está extremamente apagada e o filme se tornou um grande sonífero. A única coisa que se salvou foi o visual da trama, que resgatou uma temática de Blade Runner.
Colossal. Filme com Anne Hathaway que prometia ser um dos principais destaques do cinema independente no primeiro semestre. No entanto, o diretor Nacho Vigalondo acabou se entusiasmando e abusou das metáforas na história. O resultado foi um filme infantil e que não mostrou aonde queria chegar. E Hathaway, a estrela, se mostrou um pouco perdida em cena. Uma pena, pois tinha muito potencial.
O Círculo. Era uma das grandes expectativas do semestre, contando com Emma Watson, Tom Hanks e John Boyega no elenco. O resultado, porém, ficou muito abaixo do esperado: além de ter personagens mal desenvolvidos, O Círculo errou na história e ficou piegas, a ponto de dar discursos de lição de moral. Além disso, o final tenta ser grandioso, mas ele só deixa tudo muito mais chato e sem sentido. Uma pena.
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