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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'A Linha da Extinção' é filme sem ideias próprias


Chega a ser impressionante como A Linha da Extinção, longa-metragem que estreia nesta quinta-feira, 21, é um filme sem uma ideia original sequer -- tudo, absolutamente tudo aqui é reciclado, reaproveitado, recauchutado. Dirigido por George Nolfi (O Banqueiro), o longa-metragem é mais um filme de sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico. Nada de novo.


Na trama, Will (Anthony Mackie) é um pai preocupado com a saúde do filho. Ele tem algum problema respiratório e precisa de oxigênio para respirar. A questão é que o mundo está tomado por criaturas (Um Lugar Silencioso? Guerra dos Mundos?) que matam humanos e que não passam dos 2,4 mil metros de altitude -- ou seja, Will fica ilhado em uma montanha.


Os sobreviventes precisam respeitar essa regra. Mas Will não pode mais: precisa sair, descer abaixo da altitude exata, para encontrar o oxigênio para o filho. É quase como Jodie Foster tendo que sair da segurança para pegar a insulina da filha em O Quarto do Pânico. Ao lado dele, duas sobreviventes vizinhas: Katie (Maddie Hasson) e a vingativa Nina (Morena Baccarin).



Não há grandes saltos narrativos ou qualquer inventividade envolvendo essa busca. As coisas vão se sucedendo na tela como em qualquer distopia de fim do mundo que já vimos, com os três protagonistas correndo das criaturas, tentando sobreviver e chegar no ponto combinado.


Mackie, que logo mais vai assumir o posto de Capitão América na Marvel, também traz pouco material de atuação. Passa pouca emoção e tem quase nada de química com Baccarin, a principal parceira dele em tela. A gente, como espectador, não se importa com nada, nem com o que aconteceu, nem o que vai acontecer. São personagens sem vínculo com o espectador.


No final, quando Nolfi tenta dar um significado maior para tudo, o espectador já está derrotado, deixado de lado. Tudo passa batido e não é mais possível deixar de lado a sensação de que tudo é reaproveitado, igual. Faltou mais ideias, mais ousadias, mais tentativas. Passou batido.

 

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