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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Alerta Máximo' é o "arroz com feijão" de Gerard Butler


Quando alguém assiste a algum filme com Gerard Butler, já sabemos mais ou menos o que acontecerá na tela. Vai ter “tiro, porrada e bomba”, pessoas em perigo e, é claro, o astro salvando o dia. Não é surpresa alguma, então, tudo o que acontece em Alerta Máximo, filme estrelado por Butler e que chega às salas dos cinemas brasileiros já a partir desta quinta-feira, 26 de janeiro.


Dirigido por Jean-François Richet (de Herança de Sangue), Alerta Máximo acompanha Brodie Torrance (Butler), um piloto de avião durão que quer chegar logo ao seu destino, na Ásia, para logo depois passar o Ano Novo com sua filha no Havaí. No entanto, no meio da viagem, as coisas começam a dar errado: apesar dos avisos do piloto, eles acabam caindo em uma severa tempestade no meio do nada. Depois de um raio atingir o avião, a saída é uma só: pousar.


E é aí que mora toda a tensão do longa-metragem. Com algumas perdas e avarias, o avião pilotado por Brodie pousa em uma ilha no meio da Ásia. Aos poucos, porém, o protagonista, ao lado dos passageiros, começa a perceber que aquela ilha não é tão abandonada quanto parecia. É, na verdade, um território em disputa com Singapura e dominada por perigosos separatistas.

A partir daí, Richet comanda Butler em uma trama que só poderia ser estrelada por ele (ou por Liam Neeson). No meio da selva, surgem todos os tipos de perigos e a necessidade de liderar o grupo que simplesmente não sabe o que fazer. Ao seu lado, há apenas a figura Louis Gaspare (Mike Colter), um preso que estava sendo transportado no avião e que, após o pouso forçado e a morte do policial que o escoltava, se torna o único aliado de valor do piloto em território inimigo.


Depois disso, é só bater, em um liquidificador, as tramas de Last Seen Alive, Destruição Final e Invasão ao Serviço Secreto. E voilá! Temos a essência de Alerta Máximo. Ou seja: não traz absolutamente nada de novo, tampouco tenta ser criativo. Mas será que precisava? Butler, há anos, faz o mesmo papel e isso nunca se tornou um impeditivo para o seu sucesso. As pessoas vão ao cinema não para assistir o astro sendo dramático, mas enfiando a porrada nos outros.


E, pensando a partir dessa perspectiva, Alerta Máximo funciona bem. É competente na maioria das cenas de ação e, apesar de se valer de estereótipos básicos e sem qualquer personalidade para criar o vilão, há tensão. Você, por algum motivo, torce pelo personagem de Butler, já que ele parece ser a única saída para aqueles passageiros desesperados. Diversão vazia, mas válida.

 

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