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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Moonfall' é salada de Roland Emmerich que diverte e prende a atenção


Já vamos começar com algo importante a ser dito: se você gosta de Independence Day, O Dia Depois de Amanhã e qualquer outro filme de Roland Emmerich, Moonfall: Ameaça Lunar é seu filme. Ponto. Afinal, o longa-metragem que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 4, parece ser um grande especial sobre toda a carreira do alemão que fez história no cinema-catástrofe.


Mas vamos do começo. Moonfall: Ameaça Lunar conta, basicamente, a história de três personagens: os astronautas Brian (Patrick Wilson) e Jo (Halle Berry) e o teórico da conspiração KC (John Bradley). Eles são as principais peças do tabuleiro quando a Lua misteriosamente sai de órbita. Esse trio, do dia para a noite, irá se tornar a última tábua de salvação para a Terra.


Em paralelo, ainda acompanhamos outras histórias, como o filho (Charlie Plummer) de Brian ou o ex-marido (Eme Ikwuakor) de Jo, do alto escalão militar, que também tem a questão da Lua em suas mãos. Mas, cá entre nós, todas essas tramas paralelas são uma grande bobeira que não acrescenta em nada na história. O foco aqui é, sem dúvida alguma, a trama espacial da coisa.


Moonfall: Ameaça Lunar, assim, fala sobre alienígenas (Independence Day), um frio de matar (O Dia Depois de Amanhã) e caos com tsunami, vulcões e coisas do tipo (2012). É uma reciclagem de elementos do cinema de Roland Emmerich inseridos em uma só trama, também com ares de Guerra dos Mundos, que traz pinceladas sobre existência, natureza e, principalmente, tecnologia.

Com tantos temas reciclados, o longa-metragem tem cheiro, cara e visual de filme dos anos 1990. Os efeitos são consideravelmente melhores do que 2012, por exemplo, mas continuam com uma artificialidade que, ao invés de estranheza, traz nostalgia. O elenco não se esforça muito, já que não há espaço para grandes atuações, mas convencem no que precisam.


É difícil, ao longo das mais de duas horas de Moonfall: Ameaça Lunar, desgrudar os olhos da tela. É diferente das tramas de Transformers, por exemplo. Aqui há uma orquestra do caos que, apesar da megalomania, faz sentido e te deixa curioso sobre o que vai acontecer a seguir. Emmerich ainda sabe como nos deixar atentos sobre o que pode ser (ou não) o nosso fim.


O único porém aqui fica para a trama envolvendo KC, com uma atuação chata e preguiçosa de John Bradley (Game of Thrones). Ele é um teórico da conspiração que acredita que a Lua é uma máquina. Se ele está certo ou não, pouco importa. O problema é que Emmerich coloca gasolina nas teorias que circulam por aí, empobrecendo a ciência, como os absurdos do terraplanismo.


Nessa altura do campeonato, esse personagem -- tão presente em filmes de catástrofe e de ETs -- poderia ter um outro perfil. Chega de bater bumbo para loucos dançarem. Mas, de resto, é isso: divertimento certeiro no cinema. Pegue um balde de pipoca, refrigerante e esqueça da vida. Tem problemas? Claro que tem. Mas isso já importou para o cinema de Roland Emmerich?

 

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