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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Segurança' é suspense banal e sem vida da Netflix


E mais um filme entra para o rol de produções nada memoráveis da Netflix. Daquelas que apostam em mesmices sem graça e que ninguém, além de seus realizadores, lembrará daqui algum tempo. Agora é o caso de Segurança, produção italiana que chegou ao catálogo brasileiro da Netflix nesta quarta-feira, 16. E sua história, e desenvolvimento, não poderia ser mais banal.


Na trama, acompanhamos a rotina de uma cidade litorânea da Itália. São várias famílias ricas, de todo o mundo, que tem uma casa por ali. E nós, espectadores, acompanhamos o dia a dia, especificamente, de Roberto (Marco D'Amore). Ele é um chefe de segurança da região e, do nada, cai uma bomba em sua mão: investigar um crime cometido contra uma garota da cidade.


A partir daí, o cineasta Peter Chelsom (de O Espaço Entre Nós e do bonitinho Hector e a Procura da Felicidade) investe numa trama que dá sonolência. Adaptada de um livro homônimo, a história trata os personagens como se fossem velhos conhecidos do público. Insere uma quantidade considerável de personagens na trama e sem nunca explorá-los com solidez.

É difícil acompanhar exatamente quem são e o que fazem aquelas pessoas dentro da história proposta por Segurança. É apenas um amontoado, com subtramas que não avançam -- o desenvolvimento da filha do protagonista com um professor (típico "esquerdomacho", como dizem por aí), por exemplo, não faz sentido. Parece um roteiro escrito sem um objetivo comum.


Os atores e a fotografia salvam Segurança de ser uma catástrofe completa, porém. D'Amore, por exemplo, se entrega ao máximo para fazer esse investigador, que também sofre de insônia e passa por momentos complicados na vida pessoal. Acaba sendo o único atrativo principal do longa, já que o restante do elenco, apesar de esforços, não vence o roteiro raso geral do longa.


Enfim. Segurança é um longa-metragem defeituoso. De um lado, o roteiro não contribui para uma história mais coesa, interessante. De outro, o cineasta Peter Chelsom mostra que não tem experiência alguma com o tema, não sabendo como colocar o suspense e a tensão na tela. É um filme vazio, nem um pouco empolgante, mas que pode servir como passatempo -- ou sonífero.

 
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