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  • Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Tô Ryca 2' é comédia brasileira que não acerta o tom


O filme Tô Ryca chegou aos cinemas em 2016, na esteira de vários sucessos da comédia nacional na época, e fez uma boa bilheteria com mais de 1,2 milhão de espectadores. Agora, seis anos depois, a história de Selminha (Samantha Schmütz) ganha um novo capítulo com a sequência Tô Ryca! 2, longa-metragem que chega às salas de cinema no Brasil nesta quinta, 3.


Dirigido por Pedro Antônio Paes (Os Salafrários, Um Tio Quase Perfeito 2), Tô Ryca! 2 mostra como Selminha está vivendo a boa vida depois de ganhar uma bolada de herança. No entanto, o sonho dessa vida de riqueza muda do "vinho para a água" quando uma homônima (Evelyn Castro) surge alegando que a herança era, na verdade, de seu direito -- e não da Selminha.


A partir daí, a protagonista vivida por Samantha Schmütz passa pelas típicas narrativas desse gênero de filmes: desilusão com a perda do dinheiro, a reconexão com amigos da época em que vivia no subúrbio no Rio de Janeiro e por aí vai. Com roteiro de Fil Braz (Minha Mãe é uma Peça), o longa-metragem passeia por clichês já vistos em Até que a Sorte nos Separe, por exemplo.

Algumas piadas realmente funcionam (como a entrevista em inglês na padaria ou, ainda, a patroa que quer dar garfinhos de plástico), mas a maioria não passa de observações óbvias e estereotipadas típicas de filmes de Roberto Santucci, por exemplo. Não há uma grande história tampouco grandes ideias para a sequência. Parece apenas uma reprise do primeiro filme.


Além disso, há exagero em cena, principalmente de Samantha Schmütz. Aqui e ali tem alguma graça, mas a frequência disso cansa. Se torna repetitivo, joga no lugar-comum. E será que não dá para fazermos humor de maneira mais inteligente? O estereótipo do pobre já chegou em um limite e tem gosto, cheiro e aparência de velho. Temos criatividade para ir além disso, não?


Assim, Tô Ryca! 2 é um filme que chega sem nenhuma novidade. Pode até funcionar para quem é muito fã de comédias de Roberto Santucci ou, é claro, de Tô Ryca!. No entanto, outros públicos não devem encontrar espaço para achar graça numa história tão batida, velha e estereotipada. Schmütz tem muito mais potencial do que um filme assim. Precisávamos mesmo de Tô Ryca! 2?

 

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